Primeiro português do Coxa, António Oliveira reforça legião lusa de técnicos no Brasil
Substituto de Guto Ferreira no Coritiba, António Oliveira é sétimo treinador português confirmado entre os times da Série A para o início da temporada 2023. Ao mesmo tempo, é o primeiro lusitano nos 113 anos de história do Alviverde.
Técnico do Cuiabá no último Brasileirão, o profissional fechou o campeonato com aproveitamento de 37,9%, suficiente para cumprir a meta de manter o Dourado na elite. Na rodada final, aliás, dirigiu venceu o Coxa por 2 a 1, resultado que impediu a classificação dos paranaenses à Sul-Americana.
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Na legião lusa de comandantes, o campeão brasileiro Abel Ferreira, do Palmeiras, é o mais longevo – foi contratado em outubro de 2020. Depois aparece Luís Castro, do Botafogo, enquanto todos os outros são novatos em seus clubes.
Vitor Pereira, por exemplo, trocou o Corinthians pelo Flamengo. O Bahia contratou Renato Paiva, ex-Léon, do México, e o Red Bull Bragantino fechou com Pedro Caixinha, cujo último trabalho aconteceu no Talleres, da Argentina. Já Ivo Vieira foi o escolhido para substituir Oliveira no Cuiabá.
Primeiro português do Coxa
Aos 40 anos de idade, António Oliveira é o primeiro treinador português a comandar o Coritiba e apenas o 12º estrangeiro a assumir o cargo na história do clube. O último foi o paraguaio Gustavo Morínigo, que permaneceu no clube entre janeiro de 2021 e agosto de 2022.
O histórico de gringos no Alto da Glória é reduzido, mas marcante. O primeiro foi o peruano Dario Letona, em 1949, que nunca chegou a comandar o Coxa oficialmente. Quem teve esta primeira missão foi o uruguaio Felix Magno, que é o recordista de jogos como técnico do clube. Foram 201 partidas, entre 1949 e 1951, 1954 e 1959 e 1965 e 1966, com quatro títulos estaduais conquistados.
Depois dele veio o paraguaio Sinforiano Garcia, que disputou 19 jogos, em 1961. Na sequência, estiveram no cargo Sebastian Beracoecha (30 jogos entre 1962 e 1963) e Filipo Nunes (31 duelos em 1970), ambos uruguaios, e ainda os argentinos Armando Renganeschi (31 paritdas entre 1974 e 1975) e Eduardo Dreyer (27 confrontos entre 1981 e 1982).
Mais três uruguaios assumiram o clube nas décadas seguintes, casos de Pedro Rocha (nove jogos em 1987) e Sérgio Ramirez (13 partidas em 1991), até a vinda de Dario Pereyra, em 1998, que permaneceu por 13 partidas.
E aí, um hiato de 22 anos perdurou até a contração de Morínigo, que conseguiu o acesso à elite em 2021, mas que deixou o clube na zona de rebaixamento do Brasileiro para a chegada de Guto Ferreira.