Nova diretoria do Coritiba fala sobre reforços, dificuldade financeira e mudanças
Pela primeira vez desde o falecimento do então presidente Renato Follador, a diretoria do Coritiba veio a público se pronunciar. Nesta quarta-feira (7), o novo presidente do clube, Juarez Moraes e Filho, ao lado dos vices Glenn Stenger e Jair José de Souza, deu uma entrevista coletiva, abordando diversos assuntos.
Entre os temas, a nova composição da diretoria ressaltou que vai tentar, dentro do possível, manter o planejamento criado por Follador para a sequência da temporada e, principalmente, da gestão da diretoria, que vai até o final de 2023.
"É um momento de tristeza, mas vamos honrar nosso presidente com sangue, suor e lágrimas. Vamos trabalhar muito para que seus sonhos se tornem realidade", disse Juarez.
Confira alguns temas abordados pela nova diretoria do Coritiba:
Reforços para a Série B
"Nunca o elenco estará fechado. Temos algumas dificuldades em algumas posições e jogadores estão sendo monitorados para que possamos fechar essas lacunas. Entendemos que o elenco não está completo e em curto intervalo de tempo teremos novidades", disse Glenn Stenger.
Dificuldades financeiras
"O clube de futebol tem duas receitas: a comercialização de jogadores e as propriedades, marketing, camisa, patrocínios… A questão da pandemia, indiscutivelmente, o futebol e eventos de demanda de aglomerações têm sido o setor mais atingido. É difícil gerar demanda onde não se tem o público. Todo o esforço que está sendo feito nas capturas de receitas tem a pandemia como o principal adversário", apontou Juarez.
"Não vamos fazer contratos por valores insignificantes. É melhor jogar com a camisa branca. As negociações não pararam, estamos nos mobilizando, mas só as faremos à medida que a gente encontre parceiros que paguem o que vale a camisa do Coritiba", completou o presidente.
Papel de Vilson Ribeiro na diretoria
"O Vilson é uma referência na história do Coritiba. Ele compõe a equipe de administração com a responsabilidade em ações com a CBF, emissoras de tv e, também, junto com o Osiris Klamas, foi pedido que atuasse próximo do futebol. Precisamos muito da experiência do Vilson", explicou Juarez.
Fim do futebol feminino no clube este ano
"Futebol é dinheiro. O Coritiba perdeu cerca de R$ 80 milhões de 2020 para 2021. Tentamos ter uma equipe de futebol feminino com o antigo parceiro e também com um novo parceiro, aqui de Curitiba. Esses contatos exigem que tenhamos dinheiro e o Coritiba em 2021 não tem o recurso necessário para manter o futebol feminino. Teremos, com o acesso à primeira divisão, a obrigatoriedade de montar um time feminino para 2022. Já temos contatos, alianças para isso, mas para 2021 não haverá o futebol feminino", afirmou Glenn Stenger.
+ Veja a coletiva completa da diretoria do Coritiba