Qual o melhor goleiro da história do Coritiba? Vote e veja entrevista com Rafael Cammarota
Para homenagear todos os goleiros neste Dia do Goleiro, o UmDois Esportes conversou com três nomes que estão na história de Athletico, Coritiba e Paraná: Roberto Costa, Rafael Cammarota e Régis. Eles contam causos, falam sobre suas passagens nos clubes e um pouco sobre a posição mais cruel do futebol.
Rafael Cammarota, 68 anos, saiu do Athletico para virar ídolo eterno no Coritiba. A transferência foi polêmica na época, mas ele provou que o importante é vestir a camisa e se dedicar em campo. Quando chegou ao Couto Pereira, em 1985, logo profetizou: "Vim para ser campeão brasileiro". Hoje é ídolo coxa-branca e carrega o maior título da história do clube.
"Foi uma transferência dura. Porque você sair do Athletico, como eu estava, para ir para o Coritiba, a parada era indigesta, principalmente por conta das torcidas. Mas eu fiz bem a eles e o que mudava era só a camisa. Por dentro da camisa, tinha um atleta. Acho que as palavras que eu profetizei quando cheguei, que eu disse 'eu vim para ser campeão brasileiro'. Deus me ouviu", conta.
Cammarota lembra da campanha do título e os jogos duros contra o Atlético-MG antes da final contra o Bangu. Mas o arqueiro recorda que o Coxa não era favorito e que a taça só veio por conta do apoio incondicional da torcida coxa-branca.
"Nosso grupo era mesclado, com jogadores experientes e mais jovens. Muita gente não acreditou na gente. O que mais nos deu força, foi isso. A gente sabia das nossas limitações e sabia onde podia chegar. E a torcida, neste ano de 85, foi o nosso 12º jogador. Todo jogo no Couto Pereira, era casa cheia", completou.
No Dia do Goleiro, vote no melhor da história do Coritiba:
Coragem de Cammarota no gol rendeu fraturas e levou o goleiro à cirurgias e UTIs
A coragem de sair da meta e buscar a bola nos pés dos atacantes rendeu a Rafael Cammarota lesões graves e, em uma jogada dessas, ele quase ficou cego. O ídolo coxa-branca hoje mora em São Paulo, mas segue acompanhando o Coritiba e o futebol paranaense.
"Umas das fraturas que eu tive, foi no rosto. Metade do meu rosto é platina. Eu fiquei 12 horas em operação em um choque que eu tive com o Dadá Maravilha. Eu sai nos pés dele para tentar interceptar o gol. E por infelicidade minha, o joelho dele deu no meu rosto. Tive sete fraturas e corri o risco de ficar cego. Consegui me recuperar em quatro meses", relembra.