Liminar do MPPR proíbe torcidas organizadas do Coritiba em estádios em 2024
O Ministério Público do Paraná (MPPR) obteve uma liminar que proíbe a entrada das torcidas organizadas do Coritiba em toda a temporada de 2024. A suspensão será contada a partir do início do Campeonato Paranaense e pode ser prorrogada. Cabe recurso.
Com a decisão judicial, materiais da torcida Império Alviverde e Dragões Alviverde não podem entrar nos estádios sob pena de multa de R$ 100 mil.
De acordo com nota divulgada no site oficial do MPPR, nesta quarta-feira (20), a liminar obtida na 19ª Vara Cível de Curitiba atende ação civil pública apresentada pelo órgão público, por meio da Promotoria de Justiça de Defesa ao Consumidor de Curitiba
A ação ainda pede que todos os membros das torcidas se apresentem ao Judiciário para facilitar a identificação em caso de descumprimento. Segundo a nota, eles devem levar uma lista contendo o nome, número de RG e CPF, endereço e telefone.
A proibição das torcidas organizadas do Coxa pelo MPPR já havia entrado em vigor neste ano, como decisão administrativa, após a confusão entre torcedores, no jogo do Coritiba contra o Cruzeiro, na Vila Capanema, em novembro.
Na ocasião, 25 torcedores foram identificados pela Polícia Civil do Paraná depois da briga, 10 do Cruzeiro e 15 do Coritiba. Eles passam por processo de julgamento.
No fim do Brasileirão, no início de dezemnbro, o STJD julgou os dois clubes pela confusão e deu quatro jogos de suspensão como punição às equipes. O Coxa cumpriu todos as partidas de portões fechados ainda em 2023, já o Cruzeiro vai usar a próxima temporada para o cumprimento da medida.
Advogado diz que Império irá recorrer de liminar
Advogado da Império Alviverde, Jeffrey Chiquini diz que a organizada ainda não foi informada da decisão, mas que deve recorrer.
"É descabido atribuir culpa genérica sem individualização de condutas. Uma ação precipitada e que desconsiderou o vasto conteúdo probatório já apresentado", argumenta Chiquini.
"Tudo já havia sido esclarecido. Não havia motivos para adoção de medida tão gravosa.
Por isso recorreremos às instâncias superiores", reforça.