Kosloski lamenta rebaixamento do Coritiba: "Dia mais triste da minha vida"
O sentimento de tristeza e o semblante desolado tomaram conta do técnico Thiago Kosloski na coletiva de imprensa após o Coritiba ser confirmado na Série B em 2024. Depois da derrota para o Fluminense, por 2 a 1, o comandante não escondeu a decepção com o rebaixamento, mas procurou ser positivo sobre o que vem pela frente na próxima temporada.
“A gente sai decepcionado pelo resultado e pela situação, hoje (sábado) infelizmente decretou o nosso rebaixamento. Profissionalmente falando é o dia mais triste da minha vida. Mas temos que levantar a cabeça, na quarta e precisamos fazer um bom jogo e manter a honra e a tradição dessa camisa, que eu prometi, até o final”, disse o técnico.
"Hoje a gente vai sentir a dor, e compartilhar com a torcida, que tem muita razão de estar revoltada. Mas esperamos que o sol brilhe para o Coritiba. Independente de estar ou não, sempre vou torcer pelo clube, para que esteja no melhor caminho. E tenho certeza que o Coxa vai voltar para a Série A mais forte do que nunca. É dia de chorar, de infelizmente ficar triste, sentir a dor. Mas a partir de amanhã é olhar pra frente. Temos uma responsabilidade muito grande, mais de um milhão de torcedores, e precisamos fazer uma equipe forte para 2024. E tenho certeza que isso vai acontecer”, continuou.
Questionado sobre as dificuldades durante o Brasileirão, desde que assumiu a equipe, Kosloski definiu a montagem no elenco e as mudanças no elenco no meio do campeonato como principais obstáculos na tentativa de salvar o time da queda para a Série B.
"A montagem do elenco. Em janeiro eu ainda estava no sub-20, acompanhei a montagem. Eu já tinha jogado algumas Série A, não como treinador, mas auxiliar. Olhava os jogadores chegando, mas que não tinham perfil do Coritiba, nem de Série A. E isso pra mim ficou claro e para diretoria toda, tentamos uma mudança de rota dentro do campeonato. Mudar um perfil numa equipe no meio é complicado", avaliou.
+ Confira a tabela completa do Brasileirão
Com 29 pontos em 35 jogos, o Coritiba se junta ao América-MG, que já estava rebaixado. Os últimos três compromissos da equipe para cumprir tabela serão contra Botafogo (casa), Red Bull Bragantino (fora) e Corinthians (casa).
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Erros
"Você vem trabalhando com pressão desde que eu cheguei, o Coritiba já estava a 10 ou 12 pontos do primeiro time fora da zona, tivemos uma arrancada de dez pontos e não conseguimos sair da zona. É muito difícil. Eu dizia que se eu tivesse herdado pelo menos duas vitórias nesses 12 jogos, com a arrancada que demos a gente sairia da zona, e abriria possibilidades. A tua janela fica melhor, os jogadores querem vir para o Coritiba. Tivemos dificuldades, ninguém queria vir. E a sequência muito complicada da tabela".
Recado à torcida
"Eu compartilho da dor deles. É difícil falar sobre uma situação nesse momento. O que posso dizer a eles é que eu tentei ao máximo representá-los da melhor maneira possível, tentei ser o mais correto possível e colocar o Coritiba em primeiro lugar em todas as decisões. Talvez em algumas a torcida me questionou muito, mas podem ter certeza que coloquei o Coritiba acima de tudo. E sempre vai ser”.
Arrependimentos e “vestiário destruído”
“Eu não tenho arrependimentos nenhum. Eu vivi os extremos. Vivi derrota, as vitórias, e numa situação onde poucos profissionais passam, de assumir uma grande equipe num momento tão delicado, conseguir dar resposta dentro de um vestiário destruído. Conseguimos recuperar e brigar até o final, e também revelar alguns jogadores, além outros da base surgindo, que daqui a pouco vão render frutos”.
Derrota no Maracanã
"É difícil analisar agora, de cabeça quente. Era um jogo que talvez o empate seria mais justo, até pelas chances que as equipes criaram. Fizemos um bom primeiro tempo, e acabamos tomando um gol que era uma bola evitável. No segundo tempo já esperávamos que o Diniz os jogadores que são praticamente titulares. Tomamos o segundo (gol), tivemos chance de empatar o jogo, fizemos com o Jesé, tivemos a bola na trave do Bruno (Gomes), e mais umas duas ou três oportunidades".
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