Juarez revela receita expressiva do Coritiba com plano de sócios
O Coritiba já consegue bancar metade de seus custos mensais com salários de jogadores e de funcionários do clube através da receita de seu programa de sócio-torcedor, que nessa semana atingiu a marca de 30 mil associados.
Como o tíquete médio no Couto Pereira é de R$ 80, segundo o presidente Juarez Morais e Silva, o clube tem previsão de arrecadar cerca de R$ 24 milhões por ano – ou R$ 2 milhões por mês.
"Isso dá em torno de 50% do nosso custeio recorrente, que envolve salários, direitos de imagem, não só do futebol, mas do clube todo. Dinheiro que nos ajuda muito", ressalta Juarez.
O aumento de sócios foi exponencial. No início de 2021, o clube tinha 10,5 mil associados. O número pulou para 20,5 mil em dezembro, após o acesso à elite do futebol nacional.
O crescimento seguiu neste ano, especialmente na fase final do Paranaense. "Só o Atletiba nos empurrou 5 mil sócios, ganhar lá na Arena teve esse impacto. A adesão do torcedor é diretamente proporcional à qualidade da campanha, lembrando que nosso recorde é de 31 mil sócios, e estamos próximos de passar", explica o dirigente.
A próxima meta é chegar a 45 mil sócios até o fim do ano. A capacidade liberada do estádio é para 40.502 pessoas, mas o objetivo já leva em conta uma perda de 20% com inadimplência e sócios que deixam de ir aos jogos.
"Ainda teríamos uma margem para vender ingressos ainda e também paras os 10% dos visitantes", diz Juarez.
Atualmente o Coritiba tem cinco planos de associação. A mais barata com ingresso garantido em todos os jogos custa R$ 54,90 mensais, enquanto a mais cara é de R$ 299,90.
O tíquete para partidas avulsas, por outro lado, recentemente subiu estrategicamente para R$ 150. "Alguns da torcida ficam olhando o preço, dizendo que está caro. Mas não queremos torcedores oportunistas, quero que o cara seja sócio continuado, perene. E aí o ingresso vai custa R$ 15, R$ 17 para ele. É muito barato se formos olhar para outros produtos de entretenimento", crava.