Investidor da SAF do Coritiba, o empresário Joel Malucelli se manifestou, em entrevista ao UmDois Esportes, sobre o péssimo desempenho do time na temporada. A 16 jogos do fim do campeonato, a equipe está na lanterna do Brasileirão, com apenas 21,2% de aproveitamento e em uma sequência de seis derrotas.
Malucelli, que foi presidente do Coxa entre 1996 e 1997, está obviamente muito descontente com os resultados apresentados até aqui pelo projeto liderado pelo CEO Carlos Amodeo e o head esportivo Artur Moraes.
Em maio, na época em que o negócio foi anunciado, o empresário de 77 anos disse em entrevista ao UmDois Esportes que esperava um departamento de futebol competente como resultado de curto prazo da negociação do clube e a chegada de investimentos.
Erros no futebol custam caro
Hoje, ele aponta que seguidos erros no futebol podem custar mais tempo atrás dos adversários, além de “anos de sofrimento” ao torcedor.
“No comando do futebol é preciso ter um misto de profissionais que já atuaram dentro de campo com dirigentes que conheçam profundamente o futebol brasileiro, muito rico nas suas formações de base, como também nas Séries B e C”, diz o empresário.
“Sabemos que o projeto é para médio e longo prazo. No entanto, o Coxa não pode mais perder tempo, pois nossos adversários estão na frente, organizados e mais competitivos. Se errarmos novamente, teremos certamente muitos anos de sofrimento.”
Joel Malucelli, investidor da SAF do Coritiba
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Leia a declaração de Joel Malucelli na íntegra:
Somente recursos financeiros não são suficientes para o sucesso no futebol. Sabemos o quanto é difícil organizar um bom time, uma equipe competitiva. O sucesso está baseado em dirigentes com conhecimento dentro das quatro linhas, de vestiário, como também profundo conhecimento das características dos jogadores a serem contratados. Exemplos são alguns times com jogadores até pouco tempo desconhecidos e hoje demonstrando um excelente futebol, casos de Botafogo, Fortaleza e Bragantino.
No comando do futebol, é preciso ter um misto de profissionais que já atuaram dentro de campo com dirigentes que conheçam profundamente o futebol brasileiro, muito rico nas suas formações de base, como também nas Séries B e C. Lembro-me que quando presidente, tínhamos Rubens Minelli, Marco Aurélio Cunha, Rodolfo Mehl, Carlinhos Neves e Gilson Kleina, e somente no final da gestão conseguimos ter um time competitivo.
Para mim, o segredo do sucesso está aí! Sabemos que o projeto é para médio e longo prazo. No entanto, o Coxa não pode mais perder tempo, pois nossos adversários estão na frente, organizados e mais competitivos. Se errarmos novamente, teremos certamente muitos anos de sofrimento. Graças à SAF, poderemos agilizar nossa retomada. Deus queira!