Ídolo do Coritiba critica SAF em primeiro rebaixamento após transição

Ídolo do Coritiba, Reginaldo Nascimento viveu de perto a transição do clube para SAF e o rebaixamento na temporada de 2023, o primeiro fracasso da Treecorp Investimentos no comando coxa-branca.
O ex-volante foi auxiliar técnico de Thiago Kosloski, junto com Willians Alves, entre os meses de junho e novembro daquele ano, quando deixaram o clube após a queda do Coxa para a Série B.
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O clube viveu o primeiro momento de crise na nova realidade e, para Nascimento, os representantes da Treecorp não se expuseram tanto quanto a comissão técnica quando os resultados começaram a degringolar.
Reginaldo Nascimento, em entrevista ao UmDois Esportes"Já faz quase dois anos e as coisas não mudaram. O clube estava passando por dificuldade e eu via o Thiago toda hora se expondo nas entrevistas. E as pessoas [da SAF] não davam a cara para bater".
"Naquela sequência de quatro ou cinco jogos [de vitória] apareceram muitas pessoas se exibindo. Mas quando as coisas começaram a ficar difíceis, foram poucos que se expuseram e nós três fomos essas pessoas", completou.
Quando Kosloski assumiu como interino, o Coritiba teve uma leve reação no Brasileirão, com quatro jogos sem perder, logo depois da pior sequência sem triunfos da história do clube. No entanto, depois o Alviverde voltou a sofrer e teve oito derrotas seguidas.
SAF não tinha conhecimento do Coritiba, diz Nascimento

Antes de integrar o time principal, Kosloski era técnico do time sub-20 e Nascimento já era seu auxiliar. Willians estava no Coxa há 10 anos e, antes de integrar a comissão do profissional, atuava no setor de Análise de Desempenho.
Para Nascimento, o conhecimento da identidade coxa-branca foi o principal fator para o trio aceitar assumir o Coritiba depois da saída de Antônio Carlos Zago, que deixou o clube com uma sequência de 18 jogos sem vencer.
"As pessoas acham que foi uma fria a gente ter pego [o comando] naquela oportunidade. Eu falo que não foi fria, foi uma oportunidade boa. O Thiago como treinador principal, eu e o Willians, que era o outro auxiliar, a gente entendia o clube, então a gente aceitou com esse interesse, mas sabia que o desafio era grande", relembrou Nascimento, em entrevista ao UmDois Esportes.
Ele destaca que, naquele momento, havia uma diferença entre o trio no comando do elenco coxa-branca e os profissionais que comandavam o clube, contratados pela Treecorp. Na época, o CEO era Carlos Amodeo e o head esportivo era Artur Moraes.
"A gente teve dificuldade, não sei se isso seria considerado um erro, mas na transição entre associação e a SAF, as pessoas que a Treecorp colocou no clube não tinham essa identificação, nem com a cidade e nem com o clube e talvez isso tenha sido um grande problema", disse.
"Estavam Thiago, Nascimento e o Willians, que tinham total identificação com o clube e que estavam olhando para os interesses do clube. E eles estavam com interesse em outras situações. Não estou falando que prejudicaram o clube, mas eles não tinham a mesma visão que a gente tinha em relação ao clube e ao torcedor", emendou.