Estreia do Coritiba tem confusão com bares fechados; empresa se pronuncia
O primeiro jogo do Coritiba na temporada de 2025 foi marcado por confusões no Couto Pereira. Os torcedores que foram até o estádio encontraram bares fechados, filas e dificuldade para consumir os serviços de alimentação e bebidas do local.
O UmDois Esportes apurou que a Futebol Total, empresa que opera os serviços de bares e lanchonetes do estádio há cerca de 20 anos, não pode mais atuar no Couto. A empresa tinha contrato vigente com o clube e afirma que recebeu a notícia de que não poderia operar no estádio na semana passada. O Coxa, por sua vez, alega que rescindiu o contrato em novembro de 2024.
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A Futebol Total administrava boa parte das lanchonetes nas sociais e na geral da torcida adversária. A reportagem também apurou que no setor Pro Tork, algumas prestadoras que faziam a operação de alimentos e bebidas tentaram renovar o contrato para 2025, mas não conseguiram.
A ideia do Coxa é iniciar uma gestão própria dos serviços. O problema é que o contrato com algumas empresas, entre elas a Futebol Total, foi renovado pelo Coritiba por dez anos em 2017, ainda na época de associação, na gestão de Rogério Bacellar, até o ano de 2027.
O Coritiba, de forma oficial, alega que está resolvendo questões burocráticas e contratuais e por isso os bares estavam fechados. O clube também se pronunciou em nota oficial nas redes sociais pedindo desculpas à torcida. Veja a nota completa abaixo.
A Futebol Total comentou sobre o caso e defendeu que o contrato teria sido rescindido de "forma unilateral".
"A Futebol Total, após mais de 20 anos de parceria com o Coritiba, teve seu contrato de locação do Couto Pereira rescindido unilateralmente pela nova gestão da SAF. Apesar de nosso histórico de excelência e atendimento às solicitações do clube, a decisão foi tomada sem considerar a vigência remanescente do contrato", disse a empresa, em nota.
"Não concordamos com essa medida e defendemos nossos direitos. Nos solidarizamos com a torcida do Coritiba, que merece um tratamento melhor e mais respeitoso. O último domingo, na partida contra o Londrina, foi um exemplo claro disso", emendou.
Já o Coxa afirma que a Futebol Total não está cumprindo com os combinados feitos com o clube e que está impedindo a utilização dos bares administrados por ela.
"A empresa, embora tenha sido notificada a desocupar nossos bares ainda em novembro/24, segue sem fazê-lo. Já acionamos a Justiça visando o despejo e aguardamos liminar judicial nesse sentido. Enquanto isso, a empresa segue inviabilizando a utilização dos locais", escreveu, em nota.
Nota oficial do Coritiba
"O Coritiba existe por e para sua torcida.
No jogo do último domingo a experiência de atendimento ao torcedor esteve aquém do que queremos. Reconhecemos isso e pedimos sinceras desculpas. Na entrada, as filas se formaram diante de um problema sistêmico na leitura dos ingressos. Embora tenha durado poucos minutos, se deu exatamente no momento de maior fluxo de pessoas, resultando em um tempo de entrada acima do normal.
Especificamente em relação aos bares fechados, trata-se de uma rescisão contratual com a fornecedora Futebol Total, que curiosamente operava no estádio há décadas. A empresa, embora tenha sido notificada a desocupar nossos bares ainda em novembro/24, segue sem fazê-lo. Já acionamos a Justiça visando o despejo e aguardamos liminar judicial nesse sentido. Enquanto isso, a empresa segue inviabilizando a utilização dos locais.
Diante desse cenário, foi necessário construir, em um prazo extremamente reduzido, um fluxo de atendimento alternativo à torcida. Dentro desse cenário, além das filas, também tivemos falhas e confusão na entrega dos produtos comprados. Mesmo com o cenário difícil, poderíamos ter ofertado um atendimento melhor.
Por isso, garantimos para o jogo desta 4ª feira, ainda com os bares fechados, que a quantidade de pontos de atendimento e de pessoas trabalhando será consideravelmente ampliada, com mais que o triplo do número de atendimento deste último domingo.
Pedimos desculpas à torcida Coxa-Branca e nos comprometemos a melhorar".
Confira a nota da empresa que opera no Couto Pereira
"A Futebol Total, após mais de 20 anos de parceria com o Coritiba, teve seu contrato de locação do Couto Pereira rescindido unilateralmente pela nova gestão da SAF. Apesar de nosso histórico de excelência e atendimento às solicitações do clube, a decisão foi tomada sem considerar a vigência remanescente do contrato.
Não concordamos com essa medida e defendemos nossos direitos. Nos solidarizamos com a torcida do Coritiba, que merece um tratamento melhor e mais respeitoso. O último domingo, na partida contra o Londrina, foi um exemplo claro disso.
Reiteramos que estamos totalmente preparados para retomar a operação no próximo jogo (Coritiba x São-Joseense), com nosso padrão de excelência e atenção ao torcedor coxa-branca, caso sejamos autorizados pelo Coritiba SAF".
Conselho Administrativo cobrou Coritiba
O Conselho Administrativo do Coritiba, que tomou posse no início de janeiro após vencer as eleições da associação, também se pronunciou sobre as confusões que causaram indignação da torcida no primeiro jogo do ano.
Confira o comunicado abaixo.
"A nova diretoria do Conselho Administrativo esteve presente hoje no jogo contra o Londrina e pôde presenciar o absurdo e o descaso com o torcedor Coxa-Branca.
Havia filas gigantescas para acessar o estádio. Dentro dele, a maioria das lanchonetes estava fechada, resultando em filas enormes para a compra de bebidas e comidas. Além disso, total descaso com a limpeza dos banheiros do Couto Pereira, sem contar que os seguranças estavam desorientados e despreparados para todas as situações.
Tudo isso é inaceitável, especialmente diante da gestão profissional amplamente divulgada pela Treecorp quando da aquisição do nosso o Clube.
De forma não oficial, soube-se que houve problemas jurídicos com a antiga empresa responsável pelos bares do Couto Pereira e que, na noite anterior ao jogo, ela simplesmente informou que não abriria os bares na data de hoje.
O CEO Gabriel Lima foi contactado e cobrado sobre toda essa situação e informou que o Clube se posicionará publicamente amanhã.
Exigimos que, para o próximo jogo, na quarta-feira (15/01), essa situação esteja resolvida, ou, no mínimo, que o torcedor seja informado com antecedência sobre qualquer problema que possa acontecer.
Faremos um acompanhamento de perto sobre essa questão, além de todas as outras demandas que estamos sinalizando à SAF".