Bate-chapa

Eleição do Coritiba tem denúncia de busca por hacker para manipulação de votos

Por
Vinicius Cordeiro
16/12/2024 21:09 - Atualizado: 16/12/2024 21:29
Bandeira do Coritiba
Bandeira do Coritiba | Foto: Albari Rosa/Foto Digital/Arquivo/UmDois Esportes

A primeira eleição da associação do Coritiba na "Era SAF" ganhou contornos de polêmica a pouco mais de uma semana da votação.

O empresário Eduardo Sikorski, que não tem envolvimendo com o clube, acusa a chapa Coritiba Independente de procurar um hacker para manipular votos e fraudar o pleito marcado para 27 de dezembro. O grupo enfrenta a Eternamente Coxa em uma disputa 100% online pelo comando da associação.

A denúncia envolve o coordenador da chapa, Luis Guilherme de Castro, conhecido como LG. Ele é pai de Henrique Bortolotti de Castro, candidato a vice-presidente.

De acordo com Sikorski, ambos se conhecem há anos e LG sabia de sua amizade com um "hacker famoso".

"Ele queria que [o hacker] invadisse a empresa [responsável pelo pleito], que é de Santos, para manipular os votos. O sonho era contratar um hacker. Desde a época da campanha, ele achava que era um mundo fantasioso, que era apertar um botão", revela Sikorski, em entrevista ao UmDois Esportes.

Eduardo fez a intermediação, mas o hacker se recusou a responder a oferta. Com a negativa, outra ideia de LG seria derrubar a página da Império Alviverde no Instagram – a torcida organizada apoia a chapa concorrente –, mas teria desistido para apostar em outra estratégia.

Calote motivou denúncia

Sikorski indicou a empresa de uma amiga que presta serviço de tráfego pago, estratégia de marketing que consiste em pagar para direcionar visitantes segmentados. O trabalho seria enviar mensagens para conseguir assinaturas suficientes para validação da chapa.

Segundo o relato do empresário, LG conseguiu de forma antecipada, com a atual diretoria, uma lista de sócios aptos a votar e fez uso dos dados para enviar mensagens.

Porém, após supostamente ter acertado pagamento de R$ 9,5 mil pelo serviço e cumprir apenas com a primeira parcela, o calote aconteceu após alcançar o número de assinaturas necessárias.

"Na hora de pagar a segunda parcela, o LG falou que não precisava mais. Desculpa o termo, mas ele c..... e andou. Comecei a ligar e falar para pagar a dívida com a empresa. Ele me xingou e bloqueou. Não pagou e ainda me bloqueou", completou.

Sikorski, então, quitou o valor e decidiu procurar a chapa Eternamente Coxa, além da organizada Império Alviverde, para expor a situação. Depois, fez uma declaração em cartório, junto com ata notarial das conversas com LG, para utilizar na judicialização do caso.

Procurados pela reportagem, tanto o clube quanto Luis Guilherme de Castro não se manifestaram até a publicação da reportagem – a reportagem será atualizada quando o fizerem. A chapa Coritiba Independente, por sua vez, se manifestou por meio de nota nas redes sociais e negou a versão de Sikorski.

Chapa Eternamente Coxa não vai à Justiça

Candidata à presidência pela chapa Eternamente Coxa, Marianna Libano deixa claro que a chapa não pretende entrar na Justiça e não quer alterações nas datas da eleição.

"Não iremos pedir a impugnação total da chapa Coritiba Independente. Primeiro, porque não acreditamos que seja uma manobra de todos os apoiadores e conselheiros deles", explica.

"Não pretendemos judicializar nada neste momento porque isso só prejudicaria o Coritiba e seus associados. A possibilidade de adiamento ou discussão via judicial do processo eleitoral só teria um beneficiário: a outra chapa, já que estão com pouco ou quase nenhum apoio e intenção de votos nas pesquisas realizadas", completa.

Apesar disso, a chapa pediu explicações à comissão eleitoral para que os fatos sejam apurados "com a devida punição e sanção exemplar aos envolvidos em mais esse horrível capítulo da história do Coritiba". Para completar, ainda foi solicitado um reforço extra na segurança e lisura do processo eleitoral.

Império repudia e diz que está tomando medidas cabíveis

Principal organizada do Coritiba, a Império publicou uma nota de repúdio nas redes sociais e classificou o episódio como "inadmissível". Apesar de tomar "medidas judiciais cabíveis para elucidação dos fatos criminosos e responsabilização de todos os envolvidos", a Império também se diz contra o adiamento das eleições.

"Quanto à impugnação da outra chapa, não tomaremos qualquer atitude que possa cancelar ou mesmo adiar a realização das eleições, pois é esse o objetivo dos envolvidos, que acabariam por se beneficiar da própria torpeza", aponta.

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Formado pela PUCPR, trabalhou por dois anos nas editorias de Esportes e Cidades da Gazeta do Povo. Entre 2019 e 2024, atuou como repórter em diversas coberturas de Política pelo Paraná Portal, antigo parceiro do UOL. Desde 2021, p...

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