Diretor do Coritiba projeta quando a SAF poderá investir mais no futebol

Desde que foi rebaixado à Série B, em 2023, o Coritiba defende o uso saudável do orçamento destinado à contratação de atletas durante a temporada. Não à toa, metade dos reforços deste ano estavam livres no mercado e outros cinco chegaram por empréstimo.
Dos 14 contratados, sete jogadores estavam livres e outros quatro foram emprestados de outros clubes. Sendo assim, o Coxa gastou para contratar apenas dois atletas até aqui: o atacante Caio Matheus e o zagueiro Tiago Cóser.
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Segundo o executivo de futebol Jorge Andrade, o clube encara o orçamento de forma "responsável" e "sustentável", mas não tem uma diretriz da Treecorp Investimentos para procurar apenas atletas que não tenham custo para assinar.
"A gente tem o projeto e o objetivo de chegar na Série A de forma sustentável e muito responsável. Não é uma diretriz buscar jogador livre [no mercado]. Aconteceu porque foram jogadores que foram analisados e naquele momento eles estavam livres", explicou, em coletiva de imprensa nesta quinta-feira (13).
"Quanto à questão financeira, a SAF tem nos dado toda a estrutura para fazer um grande trabalho. E a gente vai continuar fazendo dessa forma, com essa estrutura, com essa qualidade, com essas condições que a SAF tem nos dado", completou.

SAF do Coritiba vê acesso como essencial para orçamento
Quando foi apresentado no Coxa, o executivo mencionou que obrigações financeiras do Coritiba impediam o clube de investir mais no futebol.
"São compromissos que interferem e que se a gente não tivesse esses compromisso, nós poderíamos investir mais”, disse, durante entrevista, em janeiro deste ano.
Agora, em março, Andrade deu mais detalhes sobre essa questão. Segundo ele, o Alviverde ainda não se sustenta sozinho e depende de aportes financeiros da SAF para o caixa girar. Muito disso se deve às dívidas da época de associação.
Ele explicou que a saúde financeira do clube, principalmente focada no futebol, depende muito de um retorno à Série A. A participação na elite aumenta o dinheiro arrecadado em cotas de televisão e patrocínio, que é bem reduzido na Segunda Divisão.
Com isso, o acesso do Coxa também tem uma importância financeira. Andrade afirmou que com o retorno à Série A, as obrigações financeiras não pesarão mais sobre o orçamento das contratações. Dessa forma, o clube poderia ter investimentos mais altos no futebol.
E o projeto "Visão 2030"?
Desde que a Treecorp Investimentos assumiu 90% das ações do Coxa, circulam imagens do projeto "Visão 2030", que engloba metas esportivas do clube apresentadas em reuniões com potenciais investidores.
No início, em 2023, quando o Coxa ainda estava na Série A, o projeto tinha como metas consolidação do time na elite naquele ano, participação na Sul-Americana até 2025 e, a partir de 2028, participações frequentes na Libertadores.
Com o rebaixamento no primeiro ano de SAF, as metas foram postergadas e agora o COxa tem chances de participar de uma Sula apenas a partir de 2027, isso se conseguir o acesso neste ano.
Perguntado a respeito do projeto a longo prazo que a SAF tem para o clube, Jorge Andrade afirmou que não pensa no longo prazo, mas sim no momento atual. Ele também afirmou que existe uma prestação de contas para os acionistas quando as metas não são atingidas.
"Sim, a gente presta conta para os acionistas do clube. Mas eu nem vou pensar em longo prazo, nós precisamos pensar no prazo desta temporada primeiro. Sul-Americana, Libertadores é algo para frente. O que a gente precisa neste momento é pensar no curto prazo", disse.
"A gente precisa dar o primeiro passo, e o primeiro passo é voltar a vencer. A gente vai trabalhar e está trabalhando e precisa dar o primeiro passo, voltar a vencer. E o segundo passo é voltar para a Série A, nosso objetivo do ano, e nós vamos conseguir e temos atletas para isso, vamos conseguir. Vamos estar entre os quatro, temos condições de fazer isso, vieram atletas que são vencedores e competitivo e vão nos dar sustentabilidade para isso",emendou.