Relembre

De segunda chance a possível saída: diretoria do Coritiba diverge sobre Manga

Alef Manga pode não voltar ao Coritiba

Depois de tratar do retorno Alef Manga como um reforço, a diretoria do Coritiba passou a divergir em relação ao atleta.

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Nesta quinta-feira (27), o diretor Paulo Autuori defendeu a adoção de “princípios éticos e morais” em relação à situação do jogador. Antes, no entanto, o CEO, Carlos Amodeo, havia falado sobre dar uma “segunda chance” ao polêmico atacante.

O posicionamento de Autuori veio em resposta a uma polêmica detonada pelo advogado de Manga, Jeffrey Chiquini.

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O representante jurídico do atacante alega que o diretor executivo, William Thomas, não queria o retorno de Manga ao clube e “sequer olha e cumprimenta o jogador”. A resposta alviverde veio via Autuori.

Em vídeo, o diretor técnico indica portas fechadas ao atleta, que está suspenso do futebol por envolvimento em um caso de maniupalação no esporte. A pena de Manga termina na segunda quinzena de julho e ele poderá voltar a jogar.

Só quero me posicionar e, com o torcedor do Coxa, refletir, se vamos abrir mão de princípios e valores morais em função de alguma possibilidade de ganho desportivo. Eu me posiciono de um lado e me recuso a estar envolvido em um ambiente que não respeite a essa ideia”, declarou Autuori.

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Amodeo falou em dar “segunda chance” a Manga no Coritiba

Antes da temporada começar, quando Autuori e William Thomas ainda não faziam parte do clube, Amodeo falou sobre a situação de Manga. O CEO alegou que o jogador poderia ter uma “segunda chance”.

“A gente sempre fala que, enquanto sociedade, todos aqueles que cometem um erro, que são presos por delitos graves, fazendo uma analogia, merecem uma segunda chance. Por que um atleta profissional, como é o caso do Manga, não mereceria uma segunda chance?“, questionou o dirigente em janeiro, em uma tarde de entrevistas no CT da Graciosa.

“Então nós vamos, sim, tendo o assunto dele resolvido, através do encaminhamento dos advogados dele, sentar, estabelecer todas as questões e sim, quando o assunto estiver resolvido, dar uma segunda chance para o atleta” completou.

Naquela época, o atleta ainda tentava reverter parte da pena, e o Coxa chegou a inscrevê-lo no Campeonato Paranaense, mas o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) definiu que não reverteria pena de acusados de manipulaçãono futebol.

Coritiba liberou CT para Alef Manga

Em março, Alef Manga voltou a treinar no CT da Graciosa, em horários alternativos ao elenco principal. Na época, o CEO deu uma entrevista ao Globo Esporte Paraná, em que fez elogios ao atacante e reafirmou que o retorno fazia parte dos planos.

“Jamais tomaríamos uma ação que afrontasse uma decisão do STJD ou que viesse a colocar o clube em algum tipo de risco. É inegável que é um atleta que tem uma qualidade técnica e uma contribuição muito acima da média. Nós consideramos que, seja quando a pena seja convertida ou concluída, ele será um reforço importante que nos ajudará no período em que estiver apto a jogar“, disse.

A reportagem procurou o CEO e pediu um pronunciamento sobre a situação do joagdor, mas até o momento não recebeu retorno.

Autuori diz que Coritiba “perdeu oportunidade” para agir

Na contramão do que declaou Amodeo, Autuori acredita que o Alviverde “perdeu a oportunidade” para agir no caso de Manga. A disparidade de opiniões, por sinal, testa a autonomia de Autuori no departamento de futebol alviverde.

O dirigente cita as atitudes de “clubes coirmãos”, como o rival Athletico, que cortou em definitivo o vínculo com o lateral Pedrinho e o volante Bryan Garcia, indicando que o futuro de Alef Manga, após o fim da suspensão, passa longe do Alto da Glória.

“Isso transcende o Coritiba. Isso tem a ver com aquilo que pensamos da vida. O momento deveria ter sido outro. Se perdeu a oportunidade de tomar uma decisão, como outros clubes coirmãos tomaram, imediata e definitiva“, apontou o diretor.

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