Brasileirão

Comando da SAF quer “indignação” com o momento e cultura de vitórias no Coxa

Coritiba precisa mudar mentalidade, prega novo CEO

Não é apenas a péssima sequência do Coritiba na temporada – 16 jogos sem vitória, a mais longa da história do clube –, nem a lanterna do Brasileirão, com quatro pontos somados em 30 disputados.

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Em fase final de transição do tradicional modelo associativo para SAF (Sociedade Anônima do Futebol), o Coxa deve passar por uma mudança cultural profunda. Pelo menos essa é a visão do CEO, Carlos Amodeo, escolhido pelo fundo de investimentos Treecorp para comandar o clube.

“O que a gente já está trabalhando de forma importante é a mudança de mentalidade de dentro do clube. É trazer uma mentalidade vencedora e de indignação com o momento atual que estamos vivendo”, prega Amodeo.

Em 2022, ano em que retornou da Série B pela última vez, o Coritiba conseguiu se manter na elite apenas na penúltima rodada. Nesta temporada, sem conseguir vencer, apesar de nunca ter investido tanto em atletas, aparece como candidato forte a novo descenso.

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Desde 2013, o Coxa vive um hiato de protagonismo. Nos dois anos anteriores, chegou à final da Copa do Brasil. Depois disso, os torcedores viram campanhas fracas no Brasileirão, flertes com rebaixamento e duas quedas efetivadas (2017 e 2020).

+ Confira a tabela do Coritiba no Brasileirão

Um perigoso ciclo vicioso que precisa acabar, aponta Amodeo.

Não podemos normalizar, sob hipótese alguma, essa situação. Não podemos normalizar que a situação do Coritiba é por vezes subir, por vezes ter dificuldade, por vezes não conseguir se manter na Série A… Não pode acontecer isso. A mentalidade das centenas de pessoas que trabalham no clube tem que ser de indignação com o momento atual e de trabalho muito árduo para que a gente sempre tenha o conceito da busca pelas vitórias e resultado desportivo.

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Carlos Amodeo, CEO do Coritiba

O dirigente não esconde a dificuldade da tarefa de curto prazo, que é a manutenção na Série A, mas garante que internamente o processo de implantação de uma nova cultura esportiva já está em andamento.

“A mentalidade interna já está em processo de mudança. Essa mudança cultural aqui dentro vai acontecer de forma importante. E nós esperamos que aconteça imediatamente dentro de campo porque os resultados precisam acontecer e que o torcedor comece a ver a mudança e compreenda que os resultados vão acontecer progressivamente”, diz o dirigente, que pede a confiança do torcedor neste processo de longo prazo.

“Vamos ter derrotas no meio do caminho? Vamos. Vamos ter derrotas duras? Eventualmente vamos. Mas que vamos subir esses degraus de forma consistente para não descer mais. Vamos subir passo a passo, para evitar que se suba dois degraus e desça três, para ir levando ao torcedor a segurança de que o projeto está sendo bem feito. Até lá, vamos ter de conviver e reconhecer com essa indignação do torcedor, mas que a gente pede que eles confiem no trabalho que está começando agora. E que os resultados não vão acontecer amanhã, eles vão acontecer progressivamente… Mas a gente já percebe mudança interna”.

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