Coritiba x Cruzeiro: Polícia identifica torcedores suspeitos de participar de invasão e briga
A Polícia Civil do Paraná identificou 25 torcedores suspeitos de participar da invasão e briga na Vila Capanema, na partida entre Coritiba e Cruzeiro, no dia 11 de novembro, pela 34ª rodada do Brasileirão.
Segundo o delegado da Delegacia Móvel de Atendimento a Futebol e Eventos (Demafe), Luiz Carlos Oliveira, 15 torcedores são do Coxa e 10 da Raposa. No dia, os torcedores invadiram o gramado e a briga causou a suspensão da partida por mais de 30 minutos.
De acordo com Oliveira, a identificação foi possível graças à colaboração dos clubes, em especial o Coritiba. Os torcedores foram indiciados por rixa e provocação de tumulto.
"Esse indiciamento significa muito pouco porque nós precisamos de legislação para manter esses bárbaros presos. Torcedores que se dizem torcedores, mas são marginais que fazem daquela barbárie que todos presenciamos", afirmou o delegado em entrevista ao Globo Esporte.
Os torcedores do Coritiba foram ouvidos na terça-feira (21) e a Polícia Civil enviou uma carta precatória para a polícia de Minas Gerais. Agora, os suspeitos passarão por audiência. A punição vai de 15 dias a dois meses de reclusão mais multa. O STJD marcou o julgamento dos clubes para a próxima segunda-feira (27).
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Torcidas estão proibidas de entrar nos estádios
Há uma semana, no dia 16, o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) proibiu de maneira preventiva a entrada das torcidas do Coritiba e do Cruzeiro em estádios até o final do campeonato. Os dois clubes ainda serão julgados pelo órgão e podem perder até 20 mandos de campo e receber multa pela confusão.
No mesmo dia, o Ministério Público do Paraná (MP-PR) proibiu a entrada da torcida organizada Império Alviverde em estádios de futebol de todo o estado. A justificativa é "evitar atos de violência".
Relembre a briga
A confusão começou no final do segundo tempo, quando Robson marcou o gol da vitória do Coxa, aos 45 minutos. As duas torcidas invadiram o campo e partiram para a agressão. Batalhão de Choque da Polícia Militar (PM-PR) precisou agir para afastar os torcedores e o jogo foi interrompido.
Quase 40 minutos depois, já sem a presença dos torcedores cruzeirenses na arquibancada e com poucos coxa-brancas, o árbitro Bráulio da Silva Machado reiniciou o jogo. As duas equipes jogaram por seis minutos e o placar terminou em 1 a 0 para o Alviverde.