Treecorp vendeu a SAF do Coritiba? Entenda parceria com empresa que já investiu no Maringá

O Coritiba vai viver um novo contexto de gestão do clube depois que a Treecorp Investimentos anunciou, nesta segunda-feira (14), a parceria com a OutField e o novo CEO Lucas de Paula, que é sócio-fundador da empresa. A OutField já teve trabalho semelhante em outro clube paranaense, quando se tornou investidora do Maringá.
O movimento inicia um cenário de gestão compartilhada do dia a dia do clube, com os profissionais da OutField à frente da administração e respondendo à Treecorp. No entanto, isso não significa que a Treecorp vendeu parte da SAF do Coxa. A empresa continua dona de 90% das ações, enquanto que os outros 10% pertencem à associação.
O que aconteceu foi que a OutField se tornou investidora da SAF e comprou cotas de um fundo de investimento do clube que pertence à Treecorp. A prática é comum em uma private equity, e a partir da venda dessas cotas do fundo, a Treecorp usa os valores aportados por terceiros para investir no clube.
Parceira do Coritiba começou como consultoria e agora mira as SAFs

Fundada em 2016, a OutField começou como uma empresa de consultoria estratégica de investimentos e fusões e aquisições focada em esportes, depois passou a ser uma holding — empresa que detém o controle acionário ou participação em outras empresas — e já fez projetos com diversos clubes.
A empresa atuou na estratégia de vendas B2C e relacionamento com torcedor no Bragantino, na consolidação dos planos de sócio-torcedor do Goiás, e trabalhou com clubes como Flamengo, focando no esports, Atlético-MG, Ceará, Bahia e Ferroviária.
No próprio Coritiba, a empresa já prestava um serviço de consultoria neste sentido, e participou da implementação do Coxa ID, plataforma para aproximar o torcedor.
Atualmente, as SAFs são o foco da OutField, que decidiu se tornar uma gestora de recursos com dois focos principais: em equity — a partir de participações em clubes e dando às empresas acesso a recursos para investimentos — e também em crédito, auxiliando clubes na gestão de passivos e recebíveis.
O trabalho no Coritiba está inserido no primeiro foco. A OutField já estava à procura de oportunidades para entrar com participações em SAFs do futebol brasileiro e se tornou investidora do Maringá. Agora, com a relação com o Coxa, a empresa deve deixar de ser investidora do Dogão.
No Coritiba, De Paula e a OutField vão enfrentar uma expectativa por resultados esportivos positivos. O novo CEO vai substuir Gabriel Lima, que foi para a Liga Forte União, e chega num momento de cobranças da SAF. Para ele, o resultado dentro de campo é importante para o trabalho.
"O futebol é o produto no final do dia. A performance esportiva não é só a manutenção na Série A, claro, ela é importante porque está ligada à principal receita, que é a televisão, mas ganhar campeonatos também tem receitas importantes. E o futebol é o core business do negócio. A gente fala muito da parte financeira, mas tem que ter time competitivo", disse Lucas de Paula, em entrevista ao podcast Market Makers, em maio de 2024.
Empresa do CEO do Coritiba fez trabalho parecido no Maringá

O Coritiba não é o primeiro clube que a OutField se torna investidora no futebol. Antes, a empresa comprou cotas de investimeno do Maringá, que se tornou SAF em 2022. Como investidora, a OutField também atuou no dia a dia do clube do interior e viu o Dogão alcançar novos patamares, com a vaga inédita na Série C de 2025.
Antes de se tornar investidora, a empresa paulista prestava serviços de consultoria ao Maringá. Segundo o presidente do clube, João Victor Mazzer, a empresa foi importante na profissionalização da SAF maringaense.
"A OutField trabalha com o Maringá desde 2019, com consultoria de estratégia em diferentes assuntos e momentos, tendo auxiliado na estruturação interna do clube, incluindo estabelecimento de regras de gestão e governança, captação de investidores e em interações com o mercado do futebol", afirmou Mazzer ao UmDois Esportes.
No entanto, com a participação nos fundos do Coritiba, a OutField não deve mais ser investidora do Dogão. O presidente do Maringá explicou que a relação do clube com a empresa vai ser alterada.
"Eles ganharam nossa confiança por toda a contribuição dada ao mercado esportivo nacional e diretamente à nós, contribuindo muito com o crescimento do Maringá nos últimos anos. Com o movimento deles junto ao Coritiba haverá, naturalmente, uma mudança no relacionamento conosco que será comunicada a todos tão logo seja concluída", completou.
Entenda mais sobre a nova parceira da SAF do Coritiba

A Outfield comprou parte da SAF do Coritiba?
Não. A Outfield se tornou investidora da SAF do clube, função que não tem relação com ser acionista. A empresa comprou uma cota de cerca de 30%, que pertencia à Treecorp, do fundo Coritiba SAF. A participação da Outfield como investidora é semelhante a de Joel Malucelli, que detém outra cota e era o maior investidor individual da SAF coxa-branca até então.
A estrutura societária da SAF do Coritiba, com 90% das ações pertencentes à Treecorp, não foi alterada. A Treecorp gere o fundo de investimentos Coxa Participações SA, para o qual capta investdores e usa o dinheiro aportado por eles para administrar o clube.
A Outfield já atuava no Coritiba antes do anúncio?
Há registros de atuação da empresa no clube desde 2023, quando a Treecorp Investimentos assumiu a SAF coxa-branca. No entanto, o trabalho feito pela Outfield no clube era diferente, focado em assessoria de investimentos e negócios. Um dos profissionais que trabalhou no clube neste sentido foi Pedro Oliveira, sócio-fundador da Outfield, que prestou assessoria ao clube entre novembro de 2023 até o momento. A partir de agora, a empresa se tornou investidora da SAF e assume um papel executivo na SAF do Coxa e vai atuar da operação administrativa do dia a dia.
A empresa tem experiência no futebol?
A Outfield tem feito trabalhos com diversos clubes brasileiros, como Flamengo, Atlético-MG e Bragantino. Além do Maringá, que teve o trabalho mais parecido com o da empresa no Coritiba, e do São Paulo, a Outfield também presta assessoria a outros times.
Segundo o site da empresa, uma das atuações e como parceira de negócios dos clubes, buscando criar "estruturas favoráveis para o crescimento sustentável" dos times. Eles atuam como uma espécie de facilitador entre clubes e investidores em busca de oportunidades.
Outro braço da Outfield é o trabalho com ações para valorizar a marca dos clubes e a relação com a torcida. A empresa foi parceira do Alviverde no lançamento do Coxa ID, plataforma de relacionamento com o sócio-torcedor, e também contribuiu para o lançamento de planos de sócio do Goiás.
O terceiro braço é o trabalho direto nos clubes de futebol, como gestor de recursos no esporte. Aqui, a Outfield investe de forma minoriária em clubes, como fez com o Maringá e agora com o Coxa.
Como fica a estrutura organizacional do Coritiba agora?
Na diretoria da SAF, o novo CEO do Coritiba, Lucas de Paula se junta à administração e há ainda o CFO André Campestrini. Diretamente no departamento de futebol, a estrutura segue a mesma com o head esportivo William Thomas e o executivo Jorge Andrande. Juan Fiorenza é o coordenador de saúde e performance, Marcos Menezes coordena a área de scout e mercado. Reginaldo Nascimento é o coordenador metodológico e Rafael Zucon, o supervisor de futebol profissional.
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