Torcedor do Coritiba acusado de injúria racial apresenta-se à polícia
O torcedor do Coritiba acusado de injúria racial no último domingo (28), na partida contra o Brusque, no Couto Pereira, se apresentou nesta quinta-feira (2), à Delegacia Móvel de Atendimento a Futebol e Eventos (Demafe).
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Ele foi acusado pelo fotógrafo Franklin de Freitas de tê-lo chamado de "preto filho da p...". O acusado é idoso e sócio-torcedor do Coxa e foi ouvido pelo delegado da Demafe, Luiz Carlos de Oliveira. O homem, acompanhado de dois advogados, negou as acusações.
De acordo com o torcedor coxa-branca, ele teria pedido uma foto ao profissional de imprensa e alegou ter testemunhas que corroboram sua versão dos fatos.
Injúria racial: lei prevê penas de até cinco anos
Já a defesa de Franklin de Freitas espera que o caso seja encaminhado ao Ministério Público do Paraná (MPPR). O fotógrafo também pretende representar na esfera civil contra o torcedor e abrir um processo por danos morais.
Após a acusação, o Coritiba se pronunciou e afirmou que repudia "todo e qualquer ato de discriminação" e que estava cooperando com a Demafe para encontrar o torcedor.
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A Lei 14.532/2023 equipara a injúria racial ao crime de racismo. Com isso, a pena tornou-se mais severa com reclusão de dois a cinco anos, sendo inafiançável e imprescritível.
A injúria racial configura-se quando há ofensa à honra de alguém, valendo-se de elementos referentes à raça, cor, etnia, religião ou origem. Já o crime de racismo atinge uma coletividade indeterminada de indivíduos, discriminando toda a integralidade de uma raça.