Coritiba tem maior superávit da história e redução da dívida; veja os números
O Coritiba registrou em 2022 o maior superávit de sua história. O resultado de R$ 60,7 milhões foi apresentado nessa quinta-feira (30) em reunião no Conselho Deliberativo e estará no balanço anual do clube, que sai nos próximos dias.
A venda do atacante Igor Paixão e o processo de Recuperação Judicial do clube, que renegociou as principais dívidas, são os grandes responsáveis pelo número positivo.
O jogador foi negociado em agosto por 8 milhões de euros (R$ 41,6 milhões na época) com o Feyenoord, da Holanda. O Coxa permaneceu com 20% dos direitos econômicos.
É a segunda vez desde 2008 que o clube registra superávit. A primeira foi justamente no ano passado, quando teve saldo positivo de R$ 3,8 milhões.
De acordo com a diretoria alviverde, houve também redução de aproximadamente R$ 15 milhões na dívida total. Como no último balanço ela era de R$ 268 milhões, agora está na casa de R$ 253 milhões.
Histórico
O resultado de 2022 é importante pois mostra uma sequência positiva inédita no resultado financeiro coxa-branca. Nunca houve dois superávits seguidos na história do clube.
Antes do balanço de 2022 (que se refere ao ano fiscal de 2021) o último superávit havia sido em 2008, quando o caixa fechou positivo em R$ 1 milhão.
Desde então, o Alviverde vinha acumulando perdas seguidas. Foram R$ 9 milhões (2009), R$ 13 milhões (2010), R$ 11,9 milhões (2011), R$ 8,1 milhões (2012) e R$ 6,6 milhões (2013).
Em 2014, o clube registrou déficit de R$ 42,8 milhões, montante que por pouco não superou os cinco anos anteriores somados. Depois, o Coritiba passou a diminuir as perdas de maneira escalonada. Foram R$ 15,7 milhões (2015), R$ 11 milhões (2016), R$ 8,7 milhões (2017) e R$ 2,6 milhões (2018).
Essa tendência parou em 2019, quando o Coxa fechou o ano devendo R$ 50,4 milhões, número impactado principalmente pela perda significativa de receita com direitos de televisão por causa do rebaixamento (de R$ 58,9 milhões, em 2018, para apenas R$ 15,3 milhões no ano seguinte).
Em 2020, ano do início da pandemia de Covid-19, já novamente com receitas de Série A, o Coxa conseguiu reduzir o déficit anual para a casa de R$ 22,2 milhões.