Coritiba reavalia situação de Manga após desdobramento de investigação
O CEO do Coritiba, Carlos Amodeo, afirmou que o clube voltou a reavaliar a situação do atacante Alef Manga após novos desdobramentos das investigações da Operação Penalidade Máxima II, que investiga manipulação de resultados em partidas do futebol brasileiro.
"Nosso departamento jurídico está buscando ter acesso ao inquérito para verificar se de fato os documentos existem e, de posse de informações oficiais, que possamos tomar a decisão de como trataremos o contrato do atleta e que encaminhamento daremos", disse Amodeo, em entrevista ao UmDois Esportes.
Documentos do Ministério Público de Goiás (MP-GO), obtidos pelo ge.com, revelaram sete transferências, no valor total de R$ 45 mil, feitas por um dos apostadores investigados para Manga.
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Anteriormente, o Coxa já havia afastado Alef Manga do elenco principal por duas semanas após o jogador ter o nome citado em investigações da Operação. Ele chegou a ter o contrato suspenso e, na sequência, passou a treinar separadamente do elenco.
Na sequência, entretanto, o Coxa reintegrou Manga ao time, alegando que, até aquele momento, não existiam evidências, que fossem do conhecimento do clube, que comprovassem a participação do atleta em manipulações de resultado.
Ex-lateral do Coritiba afirma ter indicado Manga para esquema
Além disso, o lateral-esquerdo Diego Porfírio, que admitiu ter participado do esquema de manipulações e fechou acordo de colaboração com o MP-GO, disse em depoimento que indicou Alef Manga para participar das manipulações.
Porfírio, que defendeu o Coxa entre 2022 e 2023 e atualmente está no Guarani, admitiu ter recebido R$ 50 mil para tomar um cartão amarelo no jogo contra o América-MG, pela 25ª rodada do Brasileirão 2022, quando jogava pelo Coritiba.
Na mesma partida, Manga também recebeu cartão amarelo. "Ele [apostador] perguntou se eu conhecia alguém que faria, eu falei que achava que talvez o Alef Manga faria. Eu cheguei nele e falei: 'Alef, você faz o cartão?'. Ele disse que faz", contou Porfírio ao MP-GO.