Coritiba precisa de reação maior que a do Fluminense em 2009 para escapar da queda
Com apenas 1% de probabilidade de permanecer no Brasileirão, o Coritiba precisa da maior reação da história do campeonato para se livrar do rebaixamento à Série B.
Após a vitória sobre o Internacional, por 4 a 3, no último domingo (30), no Beira-Rio, o clube segue afundado na área de risco, com 23 pontos. São três pontos a menos do que o Fluminense tinha em 2009, quando conseguiu uma incrível recuperação na reta final, contrariando todas as estatísticas e, por tabela, rebaixando o Coxa em pleno Couto Pereira.
Naquela edição, na 30ª rodada, o Tricolor estava na zona de rebaixamento com os mesmos 99% de risco que o Alviverde tem hoje. Ainda assim, a equipe carioca somava 26 pontos, a sete de distância para deixar a ZR. O desafio coxa-branca neta temporada é bem maior, já que a equipe precisa de 12 pontos para escapar na degola atualmente.
+ Confira a tabela completa do Coritiba no Brasileirão
Em 2009, Fluminense teve sequência invicta na reta final
Com a queda para a Série B praticamente confirmada, o Fluminense desenhou uma reação histórica na competição e permaneceu invicto nas últimas onze rodadas. Na sequência de invencibilidade, foram sete vitórias e quatro empates. A equipe saiu da zona de rebaixamento na penúltima rodada – e se garantiu com um empate na partida derradeira, em Curitiba.
Para alcançar uma campanha de retomada semelhante, o Coritiba precisaria de resultados melhores, além de contar com tropeços dos rivais diretos. Hoje, o Coxa necessita de 22 pontos para atingir o "número mágico" de 45, pontuação que normalmente garante a permanência na elite.
Ou seja, o Alviverde não tem margem para erro: são sete vitórias e empate. A partir da 32ª rodada, a equipe coxa-branca enfrenta times da parte de baixo da tabela, como o América-MG e o Goiás.
Foi justamente contra essas equipes que conseguiu somar pontos no primeiro turno. Ainda assim, adversários da parte de cima, como Grêmio, Fluminense e Bragantino, também aparecem no caminho para o milagre que o torcedor tanto almeja.
Assim como em 2009, contudo, bater os 45 pontos na tabela de classificação pode não significar nada. Segundo o departamento de matemática da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), o número para garantir a permanência subir: o risco de rebaixamento com essa pontuação está na casa 7,4%.