Autuori defende "valores morais" e indica portas fechadas para Alef Manga
O diretor de futebol do Coritiba, Paulo Autuori, se posicionou sobre a acusação feita pelo advogado de Alef Manga, Jeffrey Chiquini, de que o clube não gostaria de contar com o atleta na temporada.
O clube publicou um vídeo com o posicionamento do diretor. Segundo Autuori, as alegações de Chiquini não procedem.
“Refuto contundentemente uma postagem do senhor doutor advogado do atleta Alef Manga, que, inclusive, no mês de maio do ano passado, renunciou ao caso em função da obscuridade envolvida, e que neste momento parece querer jogar todo um trabalho contra o torcedor”, afirmou o diretor.
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Em uma postagem em sua conta na rede social, Chiquini alegou que o Thomas estaria evitando contato com o atacante no CT. “No dia a dia no CT o diretor executivo de futebol sequer olha e cumprimenta o jogador e, pelas costas da torcida, já está oferecendo o atleta no mercado”, escreveu o advogado.
Alef Manga foi suspenso por um ano do futebol profissional após envolvimento em esquema de manipulação de resultados. O jogador está cumprindo a pena integralmente e só poderá voltar a jogar na segunda quinzena de julho.
Ao mesmo tempo em que condena as declarações de Chiquini, Autuori foi claro ao afirmar que o Coxa “perdeu a oportunidade” de tomar uma decisão em relação a Manga, após a comprovação do envolvimento do atleta em esquema de manipulação esportiva.
Autuori cita "clubes coirmãos" e diz que Coritiba “perdeu oportunidade”
O dirigente cita as atitudes de “clubes coirmãos”, como o rival Athletico, que cortou em definitivo o vínculo com o lateral Pedrinho e o volante Bryan Garcia, indicando que o futuro de Alef Manga, após o fim da suspensão, passa longe do Alto da Glória.
"Isso transcende o Coritiba. Isso tem a ver com aquilo que pensamos da vida. O momento deveria ter sido outro. Se perdeu a oportunidade de tomar uma decisão, como outros clubes coirmãos tomaram, imediata e definitiva", apontou o diretor.
Autuori ainda falou sobre a importância de não abrir mão de “princípios e valores morais em função do ganho desportivo”.
"Só quero me posicionar e, com o torcedor do Coxa, refletir, se vamos abrir mão de princípios e valores morais em função de alguma possibilidade de ganho desportivo. Eu me posiciono de um lado e me recuso a estar envolvido em um ambiente que não respeite a essa ideia”, declarou.