Coritiba faz mudança em setores do Couto Pereira e torcida critica: "Absurdo"
O jogo do Coritiba contra o Londrina, neste domingo (12), foi o primeiro em casa com a vigência dos novos planos de sócios. Alguns torcedores ficaram na bronca com a nova distribuição de lugares no setor Evangelino da Costa Neves, as sociais.
Agora, o Coxa tem um setor de cadeiras nominais, chamado de "Alto da Glória", tanto na Pro Tork, como nas sociais, anunciado no lançamento dos planos, em dezembro. Para esta categoria, o Alviverde separou os locais mais centralizados nas duas retas, cobrando a partir de R$ 249,90.
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Os sócios que já faziam parte da Mauá e do setor Evangelino, mas não optaram pelo upgrade no plano, mantiveram o valor da mensalidade da temporada passada, mas tiveram que sentar em volta do espaço separado, nas pontas das duas retas.
Logo no início do jogo, a mudança causou confusão. Alguns torcedores, habituados a sentarem nas cadeiras mais centrais, mas que não fizeram o upgrade, foram avisados e tiveram que deixar o espaço.
Depois de um tempo, o Coxa precisou colocar profissionais da organização do estádio nas entradas para impedir que sócios sentassem no local errado. O tratamento causou indignação e alguns torcedores gritaram ofensas contra o clube.
Do lado de fora do setor "premium", Valter Macedo, torcedor do Coritiba que frequenta o estádio há mais de 50 anos falou sobre os novos planos e criticou a manutenção do estádio.
"A direção do Coritiba pode selecionar lugares, cobrar valor mais alto a sócios que se dispuserem pagar, embora o time não mereça, mas tudo bem, é direito da diretoria. O que eles não têm direito é de apresentar um estádio sujo, as cadeiras e arquibancadas sujas, o gramado cheio de buracos", disparou o advogado.
"No local onde estamos, não pude andar pelos corredores porque tem limitação para o torcedor [entre os setores nas sociais]. É um absurdo", completou.
Crianças pagam o mesmo valor em setor "premium" do Couto
João Gustavo Costa, 45, era sócio do setor Pro Tork por conta do avô, que deu a carteirinha como um presente. Na mudança dos planos em dezembro do ano passado, ele não conseguiu seguir no setor e precisou mudar para as sociais, optando por pagar o plano mais caro com as cadeiras nominais.
No entanto, o filho dele, que tem nove anos, idade que não precisa pagar mensalidade para ser sócio do clube, não pode ficar com ele no mesmo setor. Para poder assistir aos jogos com o filho durante o ano, ele teria que fazer um plano também para a criança, pagando R$ 559,80 por mês pelas duas cadeiras, já que para acessar o local, crianças abaixo de 12 anos pagam o mesmo valor.
"Eu tenho cadeira há mais de 20 anos. Mudaram o plano e para manter o meu filho, que tem nove anos, eu teria que pagar o valor para ele também. Então, tive que tirar ele de sócio do clube, hoje eles abriram uma exceção, mas a princípio ele não pode entrar comigo nesse setor", disse o corretor à reportagem.
No dia do jogo, ele precisou negociar a entrada do filho com os profissionais que operam as catracas, e conseguiu levar a criança. Porém, nos próximos jogos ele não poderá levar o menino.
"Eu teria que sair desse setor, ficar na lateral para poder ficar com ele, mesmo pagando mais caro aqui. Me sinto bastante prejudicado, o atendimento foi muito ruim, mas acabei mantendo a cadeira. Mas estou vendo que vou ter problema durante o ano para ver o jogo com meu filho", emendou.
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O que diz o Coritiba
O Coxa criou o plano "Alto da Glória" para oferecer serviços mais exclusivos aos torcedores do Coritiba. Além das cadeiras nominais e almofadadas, o clube pretende ter serviço de garçom no dois lados do estádio, e "lounges", espaços de convivência no setor Pro Tork.
O clube não se pronunciou sobre as confusões envolvendo os novos planos por meio de nota oficial, mas, em contato com o UmDois, explicou que entende que é preciso tempo para os torcedores se acostumarem com a nova distribuição de lugares.
Sobre a questão dos planos infantis, o clube defende que custam o mesmo valor porque o sócio pode indicar outra pessoa para usar a cadeira. Sendo assim, se crianças abaixo de 12 anos não pagassem, poderia abrir uma brecha para que torcedores usassem o local sem o devido pagamento.
Por outro lado, o Coxa afirmou que estuda possibilidade de contemplar pais e filhos no setor sem que o valor fique muito pesado. Por enquanto, as crianças seguirão tendo que pagar pela cadeira, independente da idade.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), gosto de contar as boas histórias que o esporte proporciona....
