Mozart tem retorno negativo com testes e Coritiba liga alerta

O Coritiba aproveitou o amistoso contra o Santos, neste domingo (16), para fazer testes no time e a formação incial de Mozart já teve alterações. O desempenho na goleada sofrida contra o Peixe deixou claro os pontos de atenção e a dificuldade em encontrar um time ideal.
O técnico alertou para a demora em encontrar a identidade do elenco que têm à disposição. Ele citou por exemplo, que o Coxa ainda não se definiu como um time propositivo, que domina os jogos, ou reativo, que foca mais em se defender e nos contra-ataques.
Veja também
+ Confira a tabela completa e a classificação do Campeonato Paranaense
+ À paisana, Neymar decepciona fãs por comportamento em Coritiba x Santos
"A identidade que comentei na minha chegada, ainda não conseguimos construir. Nós ainda não somos um time propositivo ou um time reativo, e cabe a mim encontrar isso. Tenho que identificar rápido a característica dos meus jogadores, já se passaram três meses e seguimos buscando", disse Mozart, no fim do jogo, em entrevista às rádios.
Técnico entrou com quatro atacantes no Coritiba
No jogo com o Santos, o Coxa entrou com uma formação diferente da que vinha utilizando nos jogos do Campeonato Paranaense. O treinador optou por colocar dois volantes no meio de campo, Filipe Machado e Geovane, e jogar com um losango de ataque, formado por Lucas Ronier, Nicolas Careca, Gustavo Coutinho e Dellatorre.
A formação acabou não dando certo e o Coxa teve muita dificuldade de construir. Na fase ofensiva, no início do primeiro tempo, o Alviverde mal conseguiu passar do meio de campo. Depois, quando conseguiu o empate num vacilo da zaga do Santos, conseguiu se impor mais, no entanto o ímpeto durou pouco e logo o Peixe voltou a dominar o jogo.
"Eu não esperava que eles jogariam num losango também. A ideia era fortalecer o sistema no meio para não ter tanta combinação por dentro. Acabou que ele trocou os 11 jogadores, mudou o sistema e no segundo tempo ficou menos complexo de marcar. Mas nós tomamos gol evitável, e não construímos tantas jogadas", disse o técnico.

Coritiba sente falta de Pedro Morisco
Um dos problemas mais latentes do time coxa-branca é a linha defensiva. O Coxa tem sofrido com os zagueiros lentos e que se desligam em lances importantes. Um exemplo disso foi o segundo gol do Santos. Apesar do goleiro Pedro Rangel ter saído mal, a zaga coxa-branca foi mal no lance e Zé Ivaldo ficou livre — e com o gol vazio — para cabecear.
"Boa parte do jogo [competimos], 30 a 40% do jogo buscamos o empate, mas concedemos gols evitáveis. Acho que o maior desafio é trabalharmos para não conceder tantas chances. É um adversário bem duro, de Série A, mas precisamos ter nossa identidade", destacou Mozart.
Para além da zaga, no gol o Coxa também teve problemas e sentiu falta de Pedro Morisco. A revelação coxa-branca fraturou a mão na eliminação para o Maringá e precisou passar por cirurgia. Ele deve ficar de fora do início da Série B.
O jovem Rangel teve dificuldade na meta. Além do gol do zagueiro ex-Athletico, em que ele saiu antes do gol, o atleta saiu mal com os pés, dando chances ao Peixe.

Coxa usa a base e tem estreias
O Coritiba aproveitou a partida contra o Santos para testar novos atletas. Nicolas Careca foi titular e fez o único gol do Coxa no jogo. Além dele, o meia uruguaio Carlos de Pena entrou no segundo tempo.
Um reforço pouco utilizado que voltou a aparecer foi o atacante Caio Matheus. Ele foi utilizado em apenas quatro jogos no Estadual e não vinha sendo relacionado. No amistoso, entrou no lugar de Lucas Ronier. No jogo, ele tentou ajudar no ataque, mas o time já estava perdendo de 3 a 1 e pouco conseguiu fazer para mudar o cenário.
Além de reforços, atletas da base que ainda não tinham sido usados por Mozart foram acionados. O lateral-direito Lucas Taverna, Gui Aquino, Thiago Azaf e Ruan Assis foram utilizados na reta final do segundo tempo.