Brasileirão

Coritiba afasta Alef Manga e Jesús Trindade da partida contra o Vasco

Manga foi afastado do Coritiba

O Coritiba afastou o atacante Alef Manga e o volante Jesús Trindade do elenco que enfrentará o Vasco, quinta-feira (11), no Couto Pereira, pela quinta rodada do Brasileirão 2023. Inicialmente, a decisão vale apenas para a partida contra o clube carioca e será reavaliada internamente na sequência.

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O afastamento acontece após os dois jogadores terem seus nomes citados em mensagens reveladas pela investigação da Operação Penalidade Máxima II, do Ministério Público de Goiás (MP-GO), sobre manipulação de resultados para apostas esportivas.

Ressaltando que, embora Manga e Trindade apareçam em mensagens incluídas no processo, a dupla ainda não foi denunciada à Justiça. A defesa de Manga, um dos principais jogadores do Coritiba nas últimas temporadas, negou nesta quarta-feira (10) qualquer relação do atleta com o esquema sob investigação.

Os jogadores do Coxa, portanto, até o momento, foram apenas citados em alguns dos documentos divulgados. No documento do Ministério Público de Goiás constam mensagens de pessoas que citam um suposto pagamento feito a Alef Manga. No material, está descrito que o atleta receberia R$ 50 mil.

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Em nota, a defesa de Alef Manga “nega com veemência qualquer envolvimento do atleta com condutas ilícitas. Afirmamos que em momento algum o jogador teve contato com grupos de apostas”.

Por sua vez, Jesus Trindade aparece em planilha que indicaria pagamentos destinados aos jogadores supostamente envolvidos. Um terceiro jogador que defendeu o Coritiba no Estadual deste ano e atualmente está no Guarani, o lateral-esquerdo Diego Porfírio, também foi citado no mesmo contexto.

Defesa de Alef Manga critica o afastamento do Coritiba

Após o afastamento de Manga do elenco do Coritiba, a defesa do jogador definiu a decisão da diretoria como “precipitada”, “equivocada” e “te todo desnecessária”.

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“Analisamos toda a investigação, e nas mais de duas mil páginas, o Alef é citado uma única vez, por terceiros, em um print de um grupo de Whats não oficial. Ou seja, não há provas contra o jogador. Não há conversa do atleta com apostadores e prova recebimento de valor indevido. Manifestamos pesar pelo esvaziamento da presunção de inocência”, dizem os advogados do atleta.

Justiça acata nova denúncia de manipulação em 13 jogos das Séries A, B e Estaduais

Os 16 denunciados nesta segunda fase da operação Penalidade Máxima II são acusados de manipulação de oito jogos da Série A realizados em 2022, um jogo da Série B também realizado em 2022 e quatro jogos de campeonatos estaduais de 2023, incluindo Campeonatos Paulista e Gaúcho.

Para tanto, os jogadores envolvidos no esquema receberiam valores que, de acordo com o MP-GO, variavam entre R$ 50 mil a R$ 500 mil para provocarem eventos específicos em jogos previamente selecionados, como cometimento de pênaltis, cartões amarelos ou vermelhos em determinada etapa da partida, diferença de gols no primeiro tempo, entre outros.

Os acusados nessa fase da investigação são Bruno Lopez de Moura, Thiago Chambó Andrade, Romário Hugo dos Santos, que se encontram presos desde o dia 18 de abril, Ícaro Fernando Calixto de Santos, Luís Felipe Rodrigues de Castro, Victor Yamasaki Fernandes, Zildo Peixoto Neto, Thiago Chambó Andrade, Romário Hugo Dos Santos, William De Oliveira Souza, Eduardo Gabriel dos Santos Bauermann, Gabriel Ferreira Neris, Victor Ramos Ferreira, Igor Aquino Da Silva, Jonathan Doin, Pedro Gama dos Santos Júnior, Fernando José da Cunha Neto e Matheus Phillipe Coutinho Gomes.

Em sua decisão, o juiz Alessandro Pereira Pacheco, da 2ª Vara Estadual de Repressão ao Crime Organizado e à Lavagem de Capitais, autorizou o compartilhamento de todas as provas produzidas durante a investigação com órgãos de fiscalização, investigação ou disciplinar e o encaminhamento de cópia do processo ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva.

Sobre a participação de Bruno Lopez, o juiz destacou na decisão que, após a primeira fase de operação Penalidade Máxima, que teve início em novembro do ano passado, o MP -GO apontou indícios de corrupção em, pelo menos, outros nove jogos recentes, realizados entre novembro de 2022 a fevereiro de 2023.

Ouça o podcast 15 Minutos sobre manipulação de resultados:

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