Como está a situação da SAF do Coritiba? Dirigente faz revelação e tira dúvidas
Quase um ano após os sócios do clube aprovarem a constituição de uma Sociedade Anônima do Futebol (SAF), a venda do futebol do Coritiba ainda está distante da linha de chegada.
"Não estamos mais na largada, mas não chegamos nem no meio da corrida ainda", garante o presidente em exercício, Glenn Stenger, em entrevista ao UmDois Esportes.
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No cargo enquanto Juarez Moraes e Silva trata de questões de saúde, Stenger explica que há conversas com três grupos diferentes, todos apresentados pela empresa XP Investimentos (que apresentou os compradores das SAFs de Botafogo e Cruzeiro), mas nenhum deles é americano, como se especulou nos últimos dias.
A situação foi levantada após a demissão do técnico Guto Ferreira. O empresário do treinador, Adriano Spadoto, justificou a saída dizendo que um grupo originário dos Estados Unidos havia pedido a contratação do português António Oliveira – oficializado nesta terça-feira (13) pelo Coxa.
"Falar que um grupo pediu para trocar o técnico é um absurdo. Não existiu essa determinação", enfatiza o dirigente, que promete que a venda da SAF também terá de passar pelo crivo dos sócios. Em teoria, basta a aprovação do Conselho Deliberativo.
"Não imagino, em momento algum, qualquer incursão que não passe por uma Assembleia Geral de Sócios. O Coritiba não tem dono. Se os sócios não aprovarem, não tem negócio".
Quanto vale o Coritiba?
O valuation – termo de origem inglesa que significa avaliação de empresas – do Coritiba já foi definido, mas é guardado a sete chaves para não atrapalhar as negociações.
O que ainda não está claro é o modelo do eventual negócio, qual a porcentagem da SAF que ficaria com o clube, por exemplo. Nenhuma das vendas que ocorreram no Brasil até aqui encaixa totalmente nas características que a diretoria espera.
"Não é só valor financeiro, é conceito, princípios. Tem uma série de situações em conjunto com a negociação. Não vamos acelerar. Vamos correr de acordo com a velocidade que se deve correr nesse tipo de negócio. Não se pode tratar os 113 anos de história do Coritiba com despreparo", conclui Stenger.