El 10: argentinos Moreno e Zapelli carregam número pesado de Coritiba e Athletico
As camisas 10 de Coritiba e Athletico têm um elemento em comum: são carregadas por argentinos. Os meias Marcelino Moreno e Bruno Zapelli são os donos do número historicamente pesado no futebol.
Ambos estarão em campo no clássico no domingo (1º), às 16h, no Couto Pereira, pela 25ª rodada do Brasileirão. Moreno tenta seu primeiro gol no estádio alviverde - o único tento marcado pelo Coxa foi justamente no clássico do primeiro turno, na Ligga Arena. Já Zapelli vai estrear em um Atletiba com a camisa do Furacão.
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Marcelino Moreno, 29 anos, chegou ao Coritiba por empréstimo em janeiro. A torcida colocou alta expectativa nele, principalmente depois de o clube desaposentar o número 10 - que não tinha um dono desde 2019.
Natural de San Martín, situada na região metropolitana da grande Buenos Aires, Moreno começou a carreira no Lanús em 2014, teve uma passagem por empréstimo no Talleres no ano seguinte, e voltou aos granates até ser contratado pelo Atlanta United em 2020.
Nos Estados Unidos fez suas duas melhores temporadas da carreira (em 2021 e 2022), com 12 gols e 11 assistências ao todo. Em junho, o Coxa adquiriu 50% dos direitos econômicos do meia depois dele ter recebido uma proposta do Racing, da Argentina. O clube pagou 1,5 milhão de dólares (mais de R$ 7 milhões na cotação atual) e o novo contrato vai até o fim de 2026.
Já Bruno Zapelli, 21 anos, é considerado uma joia da Argentina e foi cobiçado por diversos clubes da Europa. O meia, que tem dupla nacionalidade (argentina e italiana), foi alvo, por exemplo, da Roma-ITA, do Valencia-ESP e do Frankfurt-ALE.
No Brasil, também foi sondado pelo Vasco, Botafogo e Fortaleza, antes de se transferir ao Athletico em julho. O jogador já chegou assumindo a 10 que era de Terans.
O Furacão desembolsou 4,5 milhões de dólares (mais de R$ 21,5 milhões na cotação atual) pela compra de 50% dos direitos econômicos do jovem - os outros 50% ficaram com o Belgrano, time argentino que o revelou. O contrato com o Rubro-Negro é válido até o julho de 2028. Zapelli é natural da Villa Carlos Paz, a cerca de 40 km de Córdoba.
"O Zapelli é uma promessa, mas já mostrou muitas credenciais, muito habilidoso, com visão de jogo e vai ganhar a titularidade ao natural. Já o Marcelino Moreno é um jogador interessante, mas o treinador está sendo obrigado a escalar determinados jogadores que foram contratados. O Kosloski prefere ele como titular. É uma confusão, mas são circunstâncias", opinou o colunista do UmDois Esportes, Carneiro Neto.
Números de Moreno pelo Coritiba e Zapelli pelo Athletico
Marcelino Moreno é um dos únicos destaques do time do Coritiba, que luta contra o rebaixamento. De acordo com a plataforma WhoScored, ele é o segundo meio-campista com mais dribles certos no Brasileirão, com média de 3,1 por partidas - ele fica atrás apenas de Jhon Arias, do Fluminense. O meia também está no top-10 de mais passes decisivos.
No entanto, em estatísticas computadas no futebol oficialmente, Moreno tem apenas um gol e três assistências em 34 partidas. O único tento foi marcado justamente no clássico do primeiro turno - foi o primeiro gol da partida na derrota coxa-branca por 3 a 2 na Ligga Arena. Os passes para gols foram contra Grêmio, Goiás e Vasco, todos pelo Brasileirão.
Zapelli, por sua vez, só tem sete partidas com a camisa do Furacão - sendo apenas três delas como titular. A titularidade, inclusive, só foi conquistada nos últimos dois jogos, quando o meia atuou ao lado de Vitor Bueno e agradou técnico e torcida.
O meia atleticano tem um gol marcado: na reta final da vitória por 2 a 0 sobre o Cuiabá. O argentino fará seu primeiro clássico Atletiba. Apesar do pouco tempo de Athletico, o jovem já parece bem adaptado ao clube e a cidade.
Argentinos estão entre as maiores contratações dos rivais
Em valores consolidados, Marcelino Moreno e Bruno Zapelli são as segundas maiores contratações de Coritiba e Athletico.
O coxa-branca, adquirido por mais de R$ 7 milhões, fica atrás apenas da contratação de Bruno Viana, que custou mais de R$ 8 milhões. Já o atleticano, com os mais de R$ 21,5 milhões pagos pelo Furacão, está atrás apenas da vinda de Vitor Roque em 2022 por R$ 24 milhões.
Se avaliarmos pelas porcentagens, ambos pertencem apenas 50% aos clubes, eles se tornariam as contratações mais caras das histórias de Coxa e Furacão.
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