Paranaense

Após “derrotas pesadas”, Gabriel pede mudanças no Coritiba antes de decisões

Goleiro Gabriel, do Coritiba

A semana do Coritiba é de correções. Após duas derrotas seguidas, para Operário (3 a 0) e Cascavel (3 a 1), a equipe se prepara para decisões em campo. Primeiro pelo Campeonato Paranaense, onde tenta a classificação para a semifinal, contra a Serpente, e depois diante do Criciúma, pela segunda fase da Copa do Brasil.

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No Estadual, o Coxa precisa vencer por três gols de diferença para avançar direto para a semifinal. Já uma vitória por dois gols leva a disputa para os pênaltis. O goleiro Gabriel avaliou o confronto no Couto Pereira, marcado para o próximo sábado (11), às 18h.

“Vamos enfrentar um adversário competitivo, aguerrido, mas vamos jogar em casa, nós somos o Coritiba. Temos 90 minutos para fazer dois gols e não tomar nenhum, e levar pros pênaltis. Futebol é imprevisível. A única certeza é que temos a obrigação de ganhar. Como e quando vai ser, eu não sei, mas espero que aconteça, se nos primeiros minutos ou no final”, disse em entrevista coletiva nesta quinta-feira (9).

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Em meio ao momento de instabilidade, principalmente com críticas ao técnico António Oliveira, o goleiro defendeu o trabalho em andamento e pediu equilíbrio.

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“Há dez dias estávamos falando de talvez ter a melhor defesa do Brasil, mas futebol é isso, agora estamos falando que tomamos seis gols em dois jogos. Nem tudo está 100% certo ou errado. Temos que achar um equilíbrio e entender que às vezes deslizes acontecem. Estamos formando um elenco, com uma nova metodologia de trabalho. Tudo isso faz parte de um processo de crescimento e formação de equipe. Temos que mudar essa mentalidade  ‘tomou gol é culpa da defesa, fez gol é mérito do ataque’. É um esporte coletivo. Eu penso diferente, o que os 11 poderiam fazer de diferente”.

Titular absoluto do Coritiba desde que foi contratado, no segundo semestre do ano passado, o jogador ressaltou que todos são responsáveis pelo desempenho e precisam lidar com cobranças.

“Talvez por ter jogado 10 anos fora, onde duas derrotas não põe em xeque um trabalho que está sendo construído, e isso é outra mentalidade que precisa ser mudada, todo mundo é responsável pelo que acontece, são os atletas, comissão e diretoria, positiva ou negativamente. É um trabalho que tem sido muito bem feito, temos total confiança. Tinha, continua tendo e vão ter coisas pra melhorar. Mas acredito que estamos no caminho certo e agora é colocar em prática no sábado”.

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Gabriel falou sobre os recentes tropeços, mas frisou que a equipe precisa aprender com as derrotas e pediu mudanças.

“Uma vez ouvi uma frase que a gente nunca perde. Ou a gente ganha ou aprende. Foi de muito aprendizado. A equipe trabalhou bem esses dias. Foram duas derrotas feias, pesadas, não pelos placares, mas pela forma que jogamos. A maior lição é que temos que competir, ser mais agressivos, brigar mais, e fazer aquilo que estávamos fazendo em casa, começar a ter uma identidade, ter um mesmo futebol dentro e fora de casa, e não só pro Paranaense, mas no ano todo, que vai ser desafiador”.

O camisa 1 admitiu que as derrotas incomodaram o elenco, mas não coloca drama no cenário alviverde.

“Claro que conversamos, o time não está feliz ou satisfeito. É algo que incomoda, queríamos estar fazendo uma semana completamente diferente, mas é a realidade. A situação não está legal porque viemos de duas derrotas. Mas também não posso dramatizar tudo e dizer que está tudo ruim, que é o jogo da vida. Todo jogo é importante. Jogo do Cascavel vai ser fundamental, mas depois tem o Criciúma. Temos conversado sobre colocar as coisas no lugar e vai dar certo”.

Gabriel também reconheceu que falhou na derrota para o Cascavel fora de casa.

“Errei, com certeza, dei o rebote que não poderia dar. Faz parte, futebol é isso, somos seres humanos, acontece. Não existe isso que nunca errei, na vida a gente toma decisões certas ou erradas. É arregaçar as mangas, é bola pra frente, trabalhar e continuar. Tem muita coisa pra acontecer nesse ano”.

Antes das duas decisões, o goleiro ainda falou sobre o Campeonato Brasileiro, que começano dia 16 de abril.

“Sinto que o clube almeja fazer um campeonato totalmente diferente, não igual ao ano passado, que era a permanência na primeira divisão. Isso tem  sido demonstrado, pelos investimentos que foram feitos e ainda serão. A minha expectativa e esperança é fazer um campeonato e em um nível superior ao que foi feito no ano passado”.

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