Amodeo não descarta “passo para trás” para retomada consistente do Coritiba na Série A
O CEO do Coritiba, Carlos Amodeo, prometeu dar fim à luta contra o rebaixamento que o clube enfrenta há anos na Série A, mesmo que para isso seja preciso dar um "passo para trás".
"Este será o último Campeonato Brasileiro que o Coritiba vai jogar para não cair para a Série B ou para se manter na Série A. Se a gente tiver que dar um passo para trás e trabalhar no ano que vem pela retomada na Série A, nós vamos trabalhar isso de forma consistente para transformar esse clube num clube sólido, forte e competitivo", afirmou em entrevista ao Globo Esporte.
Segundo o dirigente, independentemente do campeonato, a SAF está implantando mudando a mentalidade dos atletas e do clube. "Nós vamos valorizar muito a mentalidade vencedora de todos os profissionais, não apenas dos atletas, mas de todos os demais profissionais, assim como vamos perseguir todos os dias a excelência dentro de tudo que a gente faz", afirmou.
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Recentemente, o clube contratou o coach mental Evandro Mota, que voltou ao clube depois seis anos. O coach foi vencedor da Libertadores e do Campeonato Brasileiro com o Flamengo em 2019.
Ele também integrou comissões técnicas de Cruzeiro e Internacional, campeões da Libertadores em 1997 e 2006, respectivamente, e atuou na seleção no ano do tetra, em 1994.
Diretoria deve usar 15% do orçamento da SAF para 10 anos em 2023
O Coxa virou SAF em julho deste ano. De lá para cá, no campo, o desempenho não melhorou e o clube permanece na zona de rebaixamento. Mas, de acordo com Amodeo, internamente muitas mudanças aconteceram.
"Quando falamos especificamente do departamento de futebol, nós modificamos a estrutura da área de nutrição, a estrutura da área de performance e desempenho, criamos o centro de inteligência e análise desportiva, que engloba as áreas de scouting e análise de desempenho, fizemos uma série de modificações em termos de pessoas e profissionais", conta o CEO.
De acordo com Amodeo, só neste ano, a SAF deve gastar de 15 a 17% do montante de investimento previsto para 10 anos. O CEO citou as dificuldades financeiras que o Coritiba passava quando passou pela transição.
"A diretoria da associação fez, nos últimos anos, um trabalho muito consistente no sentido de estruturar o clube do ponto de vista jurídico e de organização das dívidas do clube a partir da recuperação judicial. Mas também é importante dizer que o clube, no momento em que nós iniciamos a transição, ainda enfrentava dificuldades financeiras bastante relevantes", disse.
Segundo o CEO, essa reestruturação passou pela dispensa de jogsdores para que outros pudessem chegar. Neste ano, o Coritiba mandou embora oito dos 28 reforços contratados para a temporada.
"Nós tivemos que abrir mão de uma série de atletas para abrir espaço na folha de salários e contratar outros para que nós pudéssemos respeitar o montante mínimo investido e também não fazer um investimento tão significativamente maior do que aquilo que estava orçado", explicou Amodeo.