Copa do Mundo

Equador não convocou Byron Castillo por “risco de novas sanções injustas”

Por
EFE
15/11/2022 22:17 - Atualizado: 04/10/2023 19:48
Byron Castillo ficou fora da lista final após jogar último amistoso.
Byron Castillo ficou fora da lista final após jogar último amistoso. | Foto: Reprodução/Instagram

A Federação Equatoriana de Futebol (FEF) explicou nesta terça-feira que a ausência do lateral-direito Byron Castillo na lista final de jogadores do Equador convocados para a Copa do Mundo no Qatar se deve ao "risco de sofrer novamente sanções injustas", após a que foi imposta na semana passada pela Corte Arbitral do Esporte (CAS).

Em comunicado, a FEF descreveu a decisão CAS como "arbitrária", pois "ignora os mais elementares princípios jurídicos universalmente aceitos", e anunciou a sua intenção de esgotar todos os recursos para "reparar esta situação injusta e dolorosa, seja qual for o fórum" em que o faça.

Diante do processo judicial apresentado por Chile e Peru, que solicitaram a desclassificação do Equador da Copa do Mundo devido à suposta escalação indevida de Byron Castillo em oito jogos das Eliminatórias Sul-Americanas, a CAS confirmou que as convocações do jogador eram válidas.

+ Confira a tabela completa da Copa do Mundo e os jogos do Equador

No entanto, considerou que o seu registro civil como equatoriano e a obtenção do passaporte foram feitos com informações falsas, motivo pelo qual a mais alta instância do esporte sancionou o Equador com a perda de três pontos nas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2026.

"Incompreensivelmente, a mesma decisão do CAS - que reconhece a elegibilidade do jogador - semeia ilegitimamente uma dúvida sobre o conteúdo do seu passaporte que poderia pôr em risco não só o progresso da seleção nacional nesta Copa do Mundo, mas até mesmo a sua participação na próxima edição", denunciou a FEF.

A entidade reiterou que a sanção da CAS carece de fundamento jurídico e recordou que, dadas as suspeitas de que Byron Castillo nasceu na Colômbia, "em quatro ocasiões os juízes equatorianos decidiram a favor do jogador, as únicas autoridades competentes para resolver esta disputa" no Equador.

A FEF também confirmou que todas as suas ações respeitaram o sistema jurídico e obedeceram as decisões das autoridades judiciais e administrativas, "especialmente quando os direitos fundamentais do jogador estão em jogo".

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