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Weverton é o 4º goleiro brasileiro a jogar em uma Copa e numa Olimpíada

Weverton.

Ao substituir Alisson aos 35 minutos do segundo tempo da goleada do Brasil por 4 a 1 sobre a Coreia do Sul, Weverton entrou para um seleto grupo da seleção brasileira: o de goleiros que atuaram em partidas de Jogos Olímpicos e de Copa do Mundo. Antes dele, apenas Carlos, Taffarel e Dida haviam alcançado o mesmo feito.

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Weverton foi o goleiro titular do Brasil nos Jogos Olímpicos do Rio, em 2016. Nas seis partidas, sofreu um único gol – foi no empate por 1 a 1 na decisão com a Alemanha. Naquela decisão, o empate persistiu na prorrogação, e nos pênaltis o goleiro acabou sendo decisivo. Ele defendeu a quinta cobrança e abriu caminho para Neymar sacramentar a vitória na cobrança seguinte. Foi o primeiro ouro olímpico da seleção na história.

Terceiro goleiro da seleção no Mundial, Weverton era do grupo de 26 jogadores o mais improvável de atuar em uma partida. Isso porque, até então, apenas Rogério Ceni, em 2006, jogou mesmo sendo o segundo reserva da posição. Na segunda-feira, porém, veio a chance. Com o placar apontando 4 a 1 sobre os coreanos e com apenas dez minutos de partida a serem jogados, Tite decidiu promover a entrada de Weverton. Naquele momento, o atleta do Palmeiras disse que viu um filme passar diante de seus olhos.

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“Passou muita coisa na minha cabeça. Na hora que o Tite manda aquecer porque vai te dar uma oportunidade, já começa a passar um filme. O que passa é você saber que está preparado, que chegou até aqui porque está preparado e pronto”, disse Weverton após a partida.

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O goleiro praticamente não teve chances de mostrar suas qualidades para o mundo, uma vez que os coreanos já não tinham forças para esboçar qualquer tipo de reação. Isso, porém, ficou em segundo plano. O que Weverton queria era fazer bem sua função “Apesar de o jogo estar praticamente resolvido, goleiro não quer sofrer gol, não gosta de tomar gol. Esse era meu objetivo na partida. Independente se eu não consegui fazer uma defesa, acho que foi maravilhoso.”

Sobre o fato de ter disputado uma edição de Jogos Olímpicos e, agora, uma de Copa do Mundo, Weverton se considera abençoado. “É emocionante, é gratificante, é um momento de agradecer a Deus, porque é ele que dá o talento. Mas eu luto todos os dias para aprimorar meu talento, para valorizar meu talento”, ressaltou.

“A gente perdeu alguns companheiros (por lesão), infelizmente, mas a gente sabe que é fatalidade. Então tem que dar graça pela saúde, por estar bem e ter a oportunidade de jogar. Fui a uma Olimpíada, agora estou numa Copa do Mundo, é só gratidão”, comemorou Weverton. “Agora temos que concluir o objetivo, que é ser campeão. Sair campeão vai ser um momento histórico não só na minha vida, mas de todos os atletas que estão aqui.”

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O Brasil disputou o torneio de futebol de uma Olimpíada pela primeira vez no Jogos de Helsinque-1952. Até a edição de Seul, em 1988, apenas atletas considerados “amadores” – com menos de 23 anos – podiam disputar a competição.

Nesse período, os goleiros Carlos e Taffarel defenderam a seleção em uma Olimpíada e depois em um Mundial. O ex-goleiro da Ponte Preta e do Guarani esteve nos Jogos de Montreal-1976 e na Copa do Mundo de 1986, no México. Já o atual preparador da seleção brasileira foi titular nos Mundiais de 1990 (Itália), 1994 (Estados Unidos) e 1998 (França). Antes, fora o goleiro na Olimpíada de Seul, em 1988.

Após aquela edição, o torneio de futebol olímpico passou a aceitar até três atletas com mais de 23 anos. Dida foi titular do Brasil na campanha do bronze em Atlanta-1996. Ele também foi o goleiro da seleção na Copa do Mundo de 2006.

Além deles, Gilmar Rinaldi foi medalhista de prata com a seleção no Jogos de Los Angeles e esteve no grupo que conquistou o tetra na Copa de 1994. Naquele ano, contudo, ele não chegou a entrar em campo.

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