Veja como é uma noitada no hotel dos VIPs da Fifa na Copa do Catar
Um fila de carros forma-se na rampa de entrada para as Katara Towers, suntuoso arranha-céus escolhido pela Fifa para hospedar convidados VIPs na Copa do Mundo do Catar.
Enquanto membros de um esquadrão antibombas verificam minuciosamente os veículos, seguranças analisam a entrada de hóspedes e visitantes.
Vencida a série de rígidos procedimentos, um bar-restaurante com terraço e vista panorâmica para a capital Doha recebe os privilegiados em um dos 40 andares do edifício.
Há quem prefira ir direto para a piscina, em volta da qual televisões transmitem os jogos do Mundial.
Tabela da Copa do Mundo 2022; acesse!
Esta é a realidade vivida por membros do alto escalão da Fifa, assim como ex-jogadores e convidados, durante a disputa do Mundial. Se você for muito rico ou tiver status, a Copa é uma experiência bem diferente no país árabe.
Os brasileiros Ronaldo e Roberto Carlos, o inglês John Terry ou o italiano Alessandro Del Piero, por exemplo, podem ser vistos curtindo o espaço com frequência.
Na última quarta-feira (7), no entanto, o restaurante espelhado estava quase vazio. O presidente da Fifa, Gianni Infantino, dava um jantar em outro ponto da cidade. Todos estavam lá.
Quem preferiu ficar nas Katara Towers foi o ex-técnico da Argentina e Colômbia e atual treinador da Venezuela, José Pékerman. Ele jantou um prato combinado de sushi.
Uma vez ali dentro, tudo está na conta da organização comandada por Infantino.
Há extensa seleção de cardápio internacional de alta gastronomia à disposição. Os espetinhos de lula e camarão fazem sucesso. Há vinho tinto francês e champagne Taittinger, cervejas e coquetéis.
Nas áreas VIPs da
entidade organizadora da Copa, as rígidas regras do Catar quanto ao consumo de
bebida alcoólica não se aplicam. É um mundo à parte em que, acima de governos e
religiões, quem manda é o dinheiro.
Simpático, Pékerman senta à mesa de jornalistas brasileiros após a refeição. “Maradona ou Messi?”, perguntam. E o argentino discorre sobre os dois gênios albicelestes.
Entre um café e um whisky, o experiente treinador relembra com carinho do título da Copa do Mundo Sub-20 com a Argentina, no Catar, em 1995.
“Quase nada disso existia”, relembra, apontando para a cidade iluminada duzentos metros abaixo de seus pés.
Às 3h da manhã, as luzes se acendem e o serviço é encerrado. É hora dos VIPs irem para uma das luxuosas suítes de R$ 6 mil do Fairmont Doha, hotel situado dentro da torres de Katara.