Tite diz que pode fazer dancinha de novo, mas destaca que “precisa treinar mais”
O técnico Tite voltou a dizer nesta quinta-feira que as tradicionais dancinhas dos jogadores, às quais até ele mesmo se rendeu na última segunda-feira (5), na goleada do Brasil sobre a Coreia do Sul, são apenas uma forma de demonstrar a alegria dos brasileiros. Ele negou qualquer tipo de desrespeito aos adversários e avisou: se tiver que dançar, vai dançar de novo.
Na partida diante da Coreia do Sul, o treinador participou da "dança do pombo" após Richarlison marcar o terceiro gol. Na ocasião, o atacante correu até o banco de reservas e, junto com outros companheiros, dançou com o técnico.
A comemoração foi exaltada pela maioria, mas também houve algumas críticas, como a do ex-jogador irlandês e atual comentarista Roy Keane, que classificou de "desrespeitoso".
Tite já havia dito que a interpretação de desrespeito vinha de "pessoas maldosas" e, nesta quinta, reforçou seu recado.
"Eu lastimo muito e não vou fazer comentários de quem não conhece a história e cultura do Brasil, o jeito de ser. Eu respeito a cultura e o jeito que eu sou, a seleção que trabalho. É a cultura brasileira e ela não vai desmerecer nenhum outro. É a nossa forma de ser", declarou o técnico.
Tabela da Copa do Mundo 2022; acesse!
"Aqueles com quem eu trabalho realmente me conhecem, sabem de bastidor que, se tiver que dançar, vou dançar", ressaltou Tite, para depois fazer uma autocrítica bem humorada. "Só que tenho que treinar mais. Pescoço é duro."
O jeito alegre de comemorar dos brasileiros também foi defendido por comentaristas estrangeiros. O ex-jogador americano Alexis Lalas rebateu Keane em um programa da Fox Sports dos Estados Unidos.
"Se você está zangado por jogadores brasileiros dançarem após marcar um gol, você tem uma visão desvirtuada do que o esporte é em uma Copa do Mundo. Eu sinto pena de você", disparou o jogador. O técnico do Botafogo, Luís Castro, também disse que quem critica as dancinhas "não percebe a cultura do futebol brasileiro".