Sucessor de Tite ainda não está escolhido e pode vir do exterior
Tite encerrou seu ciclo na seleção nesta sexta-feira (9), e o técnico que terá que cumprir uma missão que se arrasta há mais de duas décadas só deverá ser conhecido depois da virada do ano. Isso porque o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, não pensou num sucessor. Ele sabia que a escolha dependeria muito do resultado no Catar.
Se o Brasil voltasse da Copa do Mundo com o hexa, a pressão sobre o novo treinador seria muito menor. Mas, com o novo fracasso nas quartas de final, o cartola máximo do futebol brasileiro terá de buscar um nome que seja quase de consenso no País - o que, por ora, não há.
Nenhum técnico brasileiro está bem cotado, e esse ponto é o único que o presidente já deixou transparecer de forma reservada. Ele lembrou a interlocutores que, nos últimos anos, nomes como os de Renato Gaúcho e Cuca foram apontados como naturais para assumir a seleção, mas ambos tiveram desempenho ruim em 2022 e deixaram de ser opção.
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Há também o fato de o cartola não ter restrições a técnicos estrangeiros. Ednaldo é o primeiro presidente da CBF a não vetar alguém de fora. Só que, de momento, poucos nomes animam. O espanhol Pep Guardiola parece ser o único capaz de mobilizar o torcedor, mas sua contratação é improvável.
Na cúpula da CBF, o alto salário de Guardiola sempre foi utilizado como justificativa para negar qualquer interesse. Esse fator, contudo, deverá deixar de ser um impeditivo agora, considerando a necessidade urgente de mexer na seleção e o orçamento da entidade.
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As receitas foram superiores a R$ 1 bilhão no ano passado, e deverão ser ainda maiores ao fim do atual exercício financeiro, uma vez que ano de Copa do Mundo historicamente registra os melhores contratos de patrocínio.
O problema é que Guardiola, e qualquer técnico do primeiro escalão mundial, está em meio à temporada europeia e dificilmente deixaria sua equipe antes de julho do próximo ano. E o Brasil deverá ter jogos já no mês de março.
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Dos treinadores que atuam no futebol nacional, Abel Ferreira, Fernando Diniz e Dorival Júnior foram três que tiveram seus nomes elogiados - de forma sutil - pelo presidente há alguns meses, mas todos têm algum tipo de restrição.