Seleção brasileira jogou demi-bombée, mas pode explodir na frente
Se o primeiro tempo foi quase uma repetição da enfadonha apresentação na estreia, contra a fraca e violenta Sérvia, o segundo tempo não empolgou tanto. Mas, como deu para vencer a Suíça, quebrar longo tabu em Copa do Mundo e classificar a seleção para as oitavas-de-final, festa brasileira no estranho Catar.
Tudo porque Tite acertou na escalação de Militão no lugar de Danilo como ala direito – desprezando o amigão e ex-atleta Daniel Alves -, e errou ao escolher Fred no lugar do craque Neymar. Imperdoável.
E continuou errando até colocar Bruno Guimarães que, ao lado dos talentosos, Casemiro, Rodrygo, Richarlison e Vinicius Junior construiu as jogadas para a vitória. Pedro vinha jogando mais que Gabriel Jesus. Mas falta Tite escalá-lo.
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Houve um ensaio de talento coletivo no gol anulado de Vinicius Junior, originado por jogada do atleticano Bruno Guimarães, e consolidada na trama do Real Madrid de Rodrygo e Casemiro.
Raphinha continua figura decorativa tanto quanto o lento e pesadão Paquetá. Acorda, Tite! A seleção brasileira jogou demi-bombée, mas pode explodir na frente e ganhar o hexa.
Ou seja, ainda não mostrou um futebol exuberante durante os 90 minutos ou os quase 110 minutos dessa Copa no Catar, mas revelou talentos individuais e total capacidade de tornar-se campeão em um torneio onde impera a mediocridade técnica e, não por acaso, as zebras.
Antônio Carlos Carneiro Neto nasceu em Wenceslau Braz, cresceu em Guarapuava e virou repórter de rádio e jornal em Ponta Grossa, em 1964. Chegou a Curitiba no ano seguinte e, mais tarde, formou-se em Direito. Narrador e comentaris...