Sauditas ofuscam torcida argentina e têm tarde de êxtase na estreia de Messi
Os argentinos fizeram uma série
de sacrifícios para vencer um país em profunda crise econômica e vir ao Catar
acompanhar a última campanha de Lionel Messi em uma Copa do Mundo.
Mas a virada da Arábia Saudita por 2 a 1 sobre a albiceleste, nesta terça-feira (22), no Estádio Lusail, ofuscou a festa azul e branca nas arquibancadas. Foi a primeira zebra da competição.
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Os sauditas foram o terceiro país
que comprou mais ingressos para o Mundial no Catar, atrás apenas do próprio
país sede e dos Estados Unidos – mais de 120 mil ingressos foram vendidos para a
nação que faz fronteira com o Catar.
Os argentinos também vieram em
peso: foram os sétimos com maior presença em Doha, mais de 60 mil ingressos.
Assim que Messi apareceu pela primeira vez em um dos telões, os árabes vaiaram com força. O mesmo aconteceu em seu primeiro toque na bola. Aliás, a torcida árabe mostrava força mesmo antes da equipe ficar à frente do placar.
Só que o roteiro parecia perfeito
para o time sul-americano. Já no primeiro minuto, o camisa 10 aproveita sobra
na área e bate seco para defesa difícil do goleiro Al-Owais. Aos 10, a lendária
perna esquerda do jogador do PSG converte pênalti com categoria e abre o
placar.
Foram ainda mais três gols da Argentina anulados por impedimento na etapa inicial. A goleada era questão de tempo. Mas veio o intervalo. E tudo mudou. Os árabes viraram a partida em oito minutos e o estádio quase veio abaixo. Os árabes urravam nas arquibancadas.
Messi seguiu se movimentando,
buscando o jogo e dando assistências, do alto de seus 34 anos. Aos 35 do
segundo tempo, bastou posicionar-se para uma cobrança de falta frontal para
calar por completo a torcida adversária e fazer crescer o canto argentino. Mas
a bola vai para fora.
Três minutos depois, Di Maria cruza e Messi aparece livre para cabecear. Novo silêncio e tensão, antes da bola parar nas mãos do goleiro. O time da Arábia Saudita segurou-se nos minutos finais e garantiu a seus torcedores uma tarde de êxtase na primeira Copa no mundo árabe.