Mundial do Catar

Quem será tri? Argentina de Messi e França de Mbappé fazem final histórica da Copa do Mundo

Por
EFE
17/12/2022 18:57 - Atualizado: 04/10/2023 23:08
Taça da Copa do Mundo.
Taça da Copa do Mundo. | Foto: Divulgação

O estádio Lusail, no Catar, será palco neste domingo da final da 22ª edição da Copa do Mundo e também de um histórico duelo de gerações, com Lionel Messi, de 35 anos, e Kylian Mbappé, de 23, tentando conduzir Argentina e França, respectivamente, ao tricampeonato.

Ambos chegaram ao Oriente Médio como protagonistas de suas seleções e foram além de confirmar status, saltando logo ao patamar de grandes estrelas - e líderes da artilharia, empatados com cinco gols - da competição, embora tenham tido trajetórias distintas até a decisão que será jogada neste 18 de dezembro.

A Argentina flertou com a eliminação na fase de grupos, com direito a derrota de virada para a Arábia Saudita na estreia. Depois, se recuperou com vitórias sobre México e Polônia, sofreu para superar a Austrália das oitavas e venceu de forma emocionante a Holanda nas quartas. Graças à Croácia, deu sorte em evitar um intenso e desgastante encontro com o Brasil, e agora pode repetir os feitos de 1978 e 1986.

+ Argentina x França: assistir ao vivo, escalações prováveis, horário e arbitragem

A França teve um início de campanha mais seguro em sua chave, vencendo Austrália e Dinamarca, e na última rodada se deu ao luxo de utilizar nove reservas contra a Tunísia (e perdeu a partida, mas não a liderança do grupo). Passou pela Polônia sem sustos nas oitavas, viveu uma dose de drama nas quartas, no confronto com a Inglaterra, e chegou à decisão após derrotar um valente Marrocos.

Se vencer, a seleção comandada por Didier Deschamps será a primeira a conquistar a Copa em duas edições consecutivas desde o Brasil em 1958 e 1962, com Pelé, Garrincha e um histórico elenco de craques que escreveu o nome no futebol mundial.

Tabela da Copa do Mundo 2022; acesse!

O treinador, inclusive, poderá repetir um feito ainda mais longínquo, já que pode ser o primeiro bi mundial desde o italiano Vittorio Pozzo, que levou a 'Azzurra' a erguer o troféu em 1934 e 1938.

A Argentina, por sua vez, espera manter a sequência de conquistas, logo depois de encerrar um jejum de 28 anos sem títulos, ao vencer a Copa América realizada em território brasileiro no ano passado.

Tabela da Copa do Mundo 2022; acesse!

Se a 'Albiceleste' erguer o troféu, ainda será encerrada a série de quatro campeonatos consecutivos com europeus no topo do pódio, iniciada pela Itália, em 2006, passando por Espanha, em 2010, Alemanha, em 2014, e a própria França, em 2018.

Para isso, o técnico Lionel Scaloni conta com o xará Lionel Messi. E o astro não vem desapontando já que marcou cinco gols e deu três assistências. Em momentos que a dificuldade imperava, 'La Pulga', como é apelidado, tirou coelhos da cartola, como na vitória sobre o México na classificação diante da Holanda.

Didier Deschamps, por sua vez, conta com outro jogador do Paris Saint-Germain, assim como o 10 argentino, também dotado de extraordinária capacidade técnica. Nesta Copa, Mbappé também marcou cinco vezes - é artilheiro junto com Messi -, e deu duas assistências.

+ Saiba quanto valem as seleções que estão na final da Copa do Mundo

O jovem, que foi campeão mundial aos 19, se tornou protagonista da França e não se escondeu ao longo da campanha no Catar, sendo o ponto de desequilíbrio para a sua seleção em diversos momentos.

O veterano, por sua vez, dava os primeiros dribles e marcava nos primeiros gols nos campinhos de Rosario, na região central da Argentina, ainda aos quatro anos, sete antes de Mbappé nascer em Paris.

Curiosamente, o mais novo dos astros poderá ter um bi, enquanto o mais velho sequer conquistou título de Copa. Messi, contudo, ao pisar no gramado, se tornará o jogador que mais atuou pela competição na história, com 26 partidas, uma a mais que o alemão Lothar Matthäus.

Neste domingo, no estádio Lusail, apenas um dos dois gênios da bola terá a chance de sair campeão, garantindo o terceiro título de seu país em Copas, aumentando ainda mais os feitos, seja de uma carreira que está perto do fim ou de uma que está sendo construída brilhantemente.

Briga pela artilharia

A final no estádio Lusail também será um ponto final na acirrada briga pela artilharia da Copa, em que quatro jogadores começarão com esperanças, sendo dois de cada seleção que estará em campo.

Messi e Mbappé, cada um, balançaram a rede cinco vezes na competição. Logo atrás, aparecem os centroavantes da 'Albiceleste' e dos 'Bleus', Julián Álvarez e Olivier Giroud, cada um com quatro gols.

Se marcar uma vez apenas, o camisa 10 da Argentina se tornará o quinto maior artilheiro da história das Copas, com 12 gols, se igualando assim a Pelé – o recordista é o alemão Miroslav Klose, com 16.]

Dúvidas na escalação

Diferente do que acontece na maioria das Copas, em que os finalistas, com raras exceções, chegam à decisão com as escalações na ponta da língua de todo o planeta, Argentina e França carregarão algumas dúvidas, provavelmente, até a divulgação da lista de 11 relacionados para começar o jogo.

Na 'Albiceleste', as dúvidas de Lionel Scaloni são de caráter tático, incluindo, a estratégia que será adotada para tentar parar Mbappé. Na lateral-direita, onde atua o principal responsável por marcar o 10 da França, Montiel e Molina disputam posição.

Outra possibilidade é um reforço na zaga com Lisandro Martínez, que formaria uma linha de três com Romero e Otamendi. Para a entrada do defensor do Manchester United, o meia Paredes acabaria no banco de reservas.

Na França, as questões são físicas, já que uma onda de infecções virais afetou o elenco na última semana da Copa e deixou alguns jogadores mais longe das condições físicas ideais.

Contra o Marrocos, nas semifinais, o meia Rabiot sequer ficou no banco, e o zagueiro Upamecano ficou na reserva e não entrou em campo. Nos últimos dias o atacante Coman, e os zagueiros Konaté e Varane também apresentaram quadro de febre e mal-estar.

Com isso, Saliba está de prontidão para entrar no sistema defensivo, se Deschamps não conseguir contar com um dos titulares habituais.

Diante da situação, que, segundo a delegação francesa, não se trata de covid-19, foi intensificada a prevenção de contágios de gripe, e a expectativa é poder contar, com o quarteto formado por Griezmann; Dembélé, Mbappé e Giroud, que vem brilhando na Copa.

Prováveis escalações:

Argentina: Emiliano Martínez; Montiel (ou Molina), Romero, Otamendi e Acuña; Paredes (ou Lisando Martínez), Fernández, MacAllister e De Paul; Messi e Álvarez. Técnico: Lionel Scaloni

França: Lloris; Koundé, Varane (ou Saliba), Upamecano e Hernandez; Tchouameni, Rabiot e Griezmann; Dembélé, Mbappé e Giroud. Técnico: Didier Deschmps

Árbitro: Szymon Marciniak (POL), auxiliado por Paweł Sokolnicki (POL) e Tomasz Listkiewicz (POL)

Estádio: Lusail, em Lusail.

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