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Fifa revela receita recorde de R$ 40,3 bilhões com acordos comerciais para a Copa

Copa do Mundo: Quanto a FIfa ganhou para fazer o Mundial no Catar

Infantino, presidente da Fifa.

Poucas horas antes do início da Copa do Mundo do Catar, a Fifa informou às federações-membro que obteve receitas recordes de US$ 7,5 bilhões (cerca de R$ 40,3 bilhões) nos quatro anos de acordos comerciais vinculados ao Mundial de 2022.

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A Fifa revelou seus resultados neste domingo para funcionários de mais de 200 federações. Isto é US$ 1 bilhão a mais do que a receita do ciclo comercial anterior vinculado à Copa do Mundo de 2018 na Rússia.

A renda extra foi impulsionada por acordos comerciais com patrocinadores da sede da Copa do Catar. Qatar Energy juntou-se como patrocinador de primeira linha e novos patrocinadores de terceiro nível incluem o banco catariano QNB e a empresa de telecomunicações Ooredoo.

A maioria dos contratos de transmissão para esta Copa do Mundo foi assinada durante o mês de setembro no ano de 2011. Os acordos ocorreram no período da presidência de Joseph Blatter para os torneios que incluíram a Rússia e o Catar.

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Presidente da Fifa acusa Europa de “hipocrisia” e minimiza proibição de cerveja no Catar

O presidente da Fifa, Gianni Infantino, acusou a Europa de “hipocrisia” ao falar sobre críticas feitas ao histórico de violação de direitos humanos no Catar, em discurso neste sábado (19), véspera da partida de estreia da Copa do Mundo, entre o time da casa e o Equador.

Em discurso a jornalistas que durou mais de uma hora, em Doha, Infantino defendeu com vigor a escolha do país árabe como sede do Mundial, após o evento ser alvo de uma série de críticas que incluem a morte de trabalhadores migrantes e a violação de diretos da comunidade LGBT+.

Nascido na Suíça, Infantino chegou a dizer que a Europa deve antes desculpar-se por atos cometidos na própria história.

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“As críticas à Copa do Mundo são hipócritas. Pelo que nós, europeus, fizemos nos últimos 3 mil anos, deveríamos nos desculpar pelos próximos 3 mil antes de dar lições de moral aos outros. Essas lições de moral são simplesmente hipócritas”, disparou.

Antes, logo na abertura do monólogo, Infantino já havia feito uma série de elogios ao Catar. “Hoje me sinto catariano, me sinto árabe, me sinto africano, me sinto gay, hoje me sinto deficiente, hoje me sinto trabalhador imigrante”, declarou.

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Por fim, o presidente da entidade declarou que a Fifa foi um dos poucos agentes a se preocupar com as condições de trabalho no Catar.

“Entre as grandes empresas que faturam bilhões no Catar, quantas se preocupam com o destino dos trabalhadores imigrantes? Nenhuma, porque uma mudança na lei significa menos renda. Fizemos isso”, disse.

Em fevereiro deste ano, o jornal inglês The Guardian publicou que mais de 6,5 mil trabalhadores migrantes haviam morrido durante o período de obras para a Copa no Catar.

A Anistia Internacional e a ONG Human Rights Watch defendem que Fifa e Catar criem um fundo de compensação de US$ 440 milhões (R$ 2,2 bilhões) aos trabalhadores mortos ou feridos nas obras para o evento.

Infantino minimiza proibição de cerveja nos estádios da Copa
O presidente da Fifa também minimizou a proibição da venda de bebidas alcoólicas nos estádios durante os jogos da Copa do Mundo.

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“Pessoalmente, acho que você pode sobreviver sem beber cerveja por três horas, o que já está acontecendo na França, Espanha e Escócia”, disse Infantino.

Na última sexta-feira (18), a Fifa oficializou a proibição da venda de cerveja nos estádios em jogos da Copa, mantendo permitida a venda apenas nas Fans Fests e zonas de permissão de álcool.

Anteriormente, a Fifa havia feito um acordo com o governo do Catar para liberar a cerveja nas partidas, mas a decisão foi revogada após pressão do país anfitrião.

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