A primeira rodada da fase de grupos da Copa do Mundo do Catar ainda não chegou ao fim, mas a edição deste ano já alcançou um dado pouco satisfatório: o Mundial de 2022 supera a marca de 1982, na Espanha, e registra o maior número de empates sem gols na história do torneio. Após o 0 a 0 entre Uruguai e Coreia do Sul, já aconteceram quatro placares sem abertura de contagem nesta edição do torneio.
Além da partida desta quinta-feira (24), os jogos que terminaram empatados sem gols foram: Dinamarca x Tunísia, México x Polônia e Marrocos x Croácia. A estatística iguala a marca do Mundial de 1982, quando também foram registrados de 0 a 0.
No entanto, o que impressiona no Catar é a frequência em que ocorre o placar. O terceiro 0 a 0 desta Copa foi registrado já na nona partida, uma média de um a cada três jogos – em 1982, o terceiro empate sem gols ocorreu somente no 11º confronto. Além disso, a marca seria um retrocesso ao Mundial da Rússia, em que apenas uma partida terminou sem gols.
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O primeiro 0 a 0 na história da Copa do Mundo aconteceu apenas na edição de 1958, disputada na Suécia, partida entre os donos da casa e o País de Gales. Desde então, o Mundial da Rússia, em que houve apenas um a 0 a 0, foi a melhor marca já registrada.
Além da primeira rodada, A Copa do Catar ainda está longe de ser a edição com o maior número de empate sem gols. Esta marca está dividida entre quatro Copas do Mundo: 1982, 2006, 2010 e 2014. O ponto em comum nestas três últimas é o números de seleções participantes: 32, quantidade que passará a ser 48 na Copa de 2026, a ser disputada no Canadá, EUA e México.
Mesmo com o número recorde de empates sem gols, a média de gols no Catar está entre as melhores da história. Em 12 jogos, o torneio teve 2,61 bolas na rede por partida. A média histórica, somando todos os Mundiais, é de 2,83. As goleadas da Inglaterra sobre o Irã (6 a 2) e da Espanha diante da Costa Rica (7 a 0) ajudaram a aumentar a estatística do Catar.
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Não há apenas um fator que explique este número recorde de empates sem gols no Catar. Uma das hipóteses é a bola feita para o Mundial. A Al Rihla, que em árabe significa “A Jornada”, foi projetada pela Adidas, que prometeu ser a bola mais rápida da história. Ela também tem um aumento no número de gomos: 20 – a Teamgeist (2006) tinha 14, a Jabulani (2010), 8, a Brazuca (2014), apenas 6, mesmo número da Telstar 18, da edição na Rússia.
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Antes da partida contra a Coreia do Sul, o goleiro do Uruguai, Sergio Rochet, afirmou que a bola deste ano é mais uma dificuldade para as defesas. “Ano após ano, fica melhor para os atacantes e para nós, goleiros, fica muito difícil”, disse.
