Marcada por polêmicas, “ótima geração belga” chega ao fim com eliminação precoce
Com campanha marcada por polêmicas, a chamada “ótima geração belga” chegou a um final melancólico nesta quinta-feira (1), ao ser eliminada pela Croácia, no Ahmad Bin Ali, em Doha, ainda na fase de grupos da Copa do Mundo 2022.
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Com média de idade de 30,6 anos e oito jogadores com mais de 100 partidas pela seleção, a Bélgica encarou a atual vice-campeã Croácia e teve chances incríveis de marcar.
Quatro delas apenas com o atacante Lukaku, duas delas inacreditáveis. Mas a bola não quis entrar de jeito nenhum. No fim do jogo, Lukaku socou o banco de reservas e chorou.
Ainda antes do jogo,
um fato chamou a atenção: o goleiro Courtois e o meia De Bruyne foram os únicos
do elenco que não se abraçaram para a execução do hino nacional.
A dupla foi alvo de polêmicas nos últimos dias tanto por declarações sobre a performance da equipe no Catar, como por fatos ligados à vida pessoal dos atletas.
Segundo o jornal L’Équipe, da França, a dupla não se fala há anos, por questões pessoais.
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De Bruyne, aliás, teria se envolvido em outra polêmica, com o zagueiro Verthongen.
Novamente de acordo com o L’Équipe, os dois tiveram de ser separados por colegas no vestiário depois da derrota para Marrocos, após o meia criticar a “lentidão” da experiente zaga belga.
Eliminação à parte, a atual geração recolocou a Bélgica no mapa das grandes equipes mundiais. Desde 2002, quando foram eliminados para o Brasil nas oitavas de final, os belgas haviam ficado de fora das duas Copas seguintes.
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Sem nenhum título
de expressão, após o retorno em 2014, o principal feito do país foi justamente eliminar
o Brasil nas quartas de final do Mundial da Rússia, caindo para a França nas
semifinais.
Obviamente há jogadores com condições de disputar mais uma Copa, como os próprios Courtois (30) e De Bruyne (31), o zagueiro Dendoncker (27), o meia Hazard (31) e os atacante Trossard (27) e Lukaku (31). O croata Modric, aos 37 anos, que o diga.
Mas com as principais estrelas já veteranas, a Bélgica terá a difícil tarefa de se reinventar uma vez mais.