Lenda da seleção dos EUA rebate crítica de Keane a danças do Brasil: “Sinto pena”
Ao final do primeiro tempo de Brasil e Coreia do Sul pelas oitavas da Copa do Mundo de 2022, no momento em que a seleção ganhava de 4 a 0, o irlandês Roy Keane, ex-Manchester United, criticou a comemoração dos brasileiros com dancinhas.
Nesta terça-feira (6), após ser rebatido por Tite e Lucas Paquetá, Keane foi criticado também pelo ex-jogador americano Alexi Lalas, que disse ter "pena" da reação negativa do irlandês.
Atleta da seleção americana nas Copas do Mundo de 1994 e 1998, o jogador ressaltou que marcar um gol é o objetivo mais difícil no esporte e cada equipe tem o direito de festejar do jeito que melhor entender. Ele também disse que ficar chateado com esse estilo de comemoração é algo para pessoas que "não tem coração".
Tabela da Copa do Mundo 2022; acesse!
"Se você está zangado por jogadores brasileiros dançarem após marcar um gol, você tem uma visão desvirtuada do que o esporte é em uma Copa do Mundo. Eu sinto pena de você", disse Lalas em um programa do canal Fox Sports americano. "Eu sinto pela vida que você vive, que não tem amor, alegria, paixão."
O ex-atleta americano criticou de forma geral aqueles que repreenderam as celebrações brasileiras.
Artilheiros da Copa do Mundo 2022 no Catar: veja lista de todos os gols
"Há pessoas que viram os brasileiros dançando e torceram o nariz. Eu digo que você está perdido, você não tem coração, é solitário. (O gol) É a coisa mais difícil de se fazer e você comemora quando consegue. Se quiser dançar, cantar ou correr... você fazer o que quiser para celebrar o maior momento do nosso jogo."
O técnico da seleção brasileira, Tite, que entrou na dança com Richarlison após o atacante marcar o seu, também comentou sobre o assunto na coletiva de imprensa após a partida, que terminou em 4 a 1. Segundo ele, e sem citar Keane, "os maldosos" entenderam como desrespeito.
Veja seleções classificadas para fase eliminatória da Copa do Mundo; lista atualizada
"Eu não quero que tenha outra interpretação que não seja o sentido de alegria pela equipe, pela performance. Não (seja visto) como um desrespeito ao adversário, porque não é", comentou.
Paquetá, autor do quarto gol, acompanhou as palavras e explicou que as danças não são direcionadas aos rivais.
"A gente simboliza a alegria de marcar o gol", disse o meia. "A gente não vai na frente do adversário. Todos estão ali e comemoramos porque é o nosso momento. A gente fez o gol e o Brasil está festejando. Se ele (Keane) não gosta, não tenho muito o que fazer. Se marcarmos, vamos continuar comemorando dessa forma", declarou.