Ausência de Neymar é imensa e Casemiro salva a seleção do pragmatismo de Tite
A promessa de ofensividade do técnico Tite no Catar não resistiu à lesão de Neymar logo na estreia contra a Sérvia.
Se alguém achava que a ausência do camisa 10 seria facilmente superada, a vitória por 1 a 0 sobre a Suíça, nesta segunda-feira (28), no Estádio 974, rapidamente provou o contrário.
Sem Neymar, Tite optou pelo familiar pragmatismo ao escalar a seleção diante do adversário europeu.
Uma finalização desengonçada à queima-roupa de Vinícius Jr foi o principal momento da seleção na etapa inicial.
A torcida só voltaria a suspirar aos 43 minutos, com o apagão relâmpago dos refletores. Durou uns 3 segundos. Parece que alguém esbarrou em um interruptor.
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O jogo se arrastou sonolento, com pouca criatividade e excesso de burocracia, contra uma previsível retranca da Suíça - como pôde alguém na comissão técnica da seleção imaginar que seria diferente?
E nem Militão na direita, e principalmente Fred no meio, escolhas de Tite para as vagas de Danilo e Neymar, respectivamente, renderam o esperado.
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As entradas de Rodrygo e Bruno Guimarães melhoraram o time na etapa final.
Aliás, Guimarães não pode ficar atrás de Fred nas escolhas do treinador. Raphinha foi mais uma vez apagado e Vini Jr a principal arma.
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Quando o duelo caminhava para um perigoso empate, Casemiro anotou o gol da vitória, da liderança e da classificação.
Triunfo que dá necessária tranquilidade a Tite, que terá a partida contra Camarões para reajustar a equipe. A perda de Neymar mostra ser imensa.
O craque faz falta tecnicamente e psicologicamente. Ele é a referência técnica e traz confiança e segurança para jovens como Vini Jr, Richarlison, Raphinha e Rodrygo, todos em sua primeira Copa do Mundo.