Copa do Mundo 2022

Guia cultural da Copa no Catar: De Maradona à rosa do deserto

Por
EFE
18/10/2022 14:05 - Atualizado: 04/10/2023 19:56
Guia cultural da Copa no Catar: De Maradona à rosa do deserto
| Foto: EFE

Doha, capital do Catar, é moderna e está completamente renovada para receber a Copa do Mundo, mas apesar de ser comum pensar que se trata de uma cidade recente e tecnológica, ela conta com museus e galerias que mostram a essência de sua história, tradições e contam com um vasto legado a ser explorado.

Uma espetacular rosa do deserto de mais de 40 mil metros quadrados dá as boas-vindas para todos que visitam o Catar e que chegam desde o aeroporto e partem em direção ao coração da cidade, pela avenida Al Corniche, que tem calçadão à beira-mar.

Veja a tabela da Copa do Mundo do Catar!

Trata-se do principal museu do país, o Museu Nacional do Catar, uma joia arquitetônica que encabeça a surpreendente oferta cultural de um país que reinventou as tradicionais visitas a essas instalações, com exposições interativas e as últimas inovações tecnológicas.

Obra do arquiteto francês Jean Nouvel, ganhador do Prêmio Pritzker, o monumental edifício evoca a tradição e origem do povo do Catar, através de uma das principais manifestações, a rosa do deserto, uma pedra sempre caprichosa e de surpreendente beleza, fruto da cristalização da areia, do mar e da força do vento.

As obras da instalação foram concluídas em 2019, na área próxima ao palácio original do xeque Abdullah bin Jassim Al Thani, utilizado como sede do governo e residência particular por 25 anos, com o palácio fazendo parte da visita ao museu.

Além disso, a rosa do deserto catariana conta com um auditório para 220 espectadores, restaurantes, um centro de pesquisa e um jardim botânico. O lago que cerca o museu simboliza as dunas e dá acesso a uma exposição de cerca de 1,5 quilômetro com 11 galerias que permitem percorrer a história e o legado do Catar, desde as origens pré-históricas e humildes, até a era dourada, impulsionada pelo petróleo e pelo gás.

Provavelmente, se trata de um dos museus mais tecnológicos e interativos do mundo, capaz de gerar um imersão total aos visitantes, graças a paredes em que são projetadas imagens e sons com definição ultra realista.

O museu é uma experiência para os sentidos através das cerca de 8 mil peças de comunidades nômades, população beduína, objetos arqueológicos, patrimoniais, manuscritos, fotografias, joias, vestimentas e até uma área destinada àquela que foi uma das principais atividades econômicas do país, a pesca de pérolas.

A instalação conta com uma um tapete de pérolas de Vadodara, encomendado pelo marajá da cidade indiana, em 1865, que tem mais de 1,5 milhão de pérolas, diamantes, rubís, esmeraldas e safiras banhadas em ouro.

Triângulo de ouro de Doha

O Museu Nacional do Catar fica praticamente em frente a outra das grandes referências da arte local, o Museu de Arte Islâmica. Situado entre o mar e o mercado Souq Waqif, forma o "triângulo de ouro" de toda visita obrigatória a Doha.

O Museu de Arte Islâmica teve seu design a cargo de outro vencedor do Prêmio Pritzker, I.M. Pei, mundialmente reconhecido pela pirâmide do Louvre, em Paris, na França.

Na obra, Pei redesenha os elementos tradicionais da arquitetura islâmica tradicional, se inspirando na mesquita de Ibn Tulun, a mais antiga do Cairo, para fundi-los com a arquitetura moderna, tudo isso em uma ilha artificial, em Al Corniche.

O museu tem cinco andares nos quais é possível percorrer 14 séculos de arte islâmica, com alguns pontos imprescindíveis. São eles o manuscrito Shahnameh, escrito mil anos atrás pelo poeta árabe Ferdowsi; o Livro dos Reis, que narra histórias e mitos do grande império persa pré-islâmico; a área de dispositivos de navegação, com o astrolábio planisférico fabricado no Iraque no século 5; e uma placa de esmeralda talhada no século XVI.

Durante a Copa do Mundo de Catar 2022, e durante todo o inverno catariano, os jardins ganham vida, e neles é habitual encontrar pequenas feiras durante o fim de semana (sextas-feiras e sábado), aulas de ioga e famílias realizando piqueniques.

Maradona

Outra atração que nenhum amante de futebol pode perder é o Museu Olímpico e do Esporte 3-2-1, localizado no Estádio Khalifa, em Al Rayyan, que receberá seis jogos da fase de grupos do torneio, uma das oitavas de final e onde acontecerá a disputa pelo terceiro lugar.

Em cartaz permanente estão exposições interativas, relíquias dos maiores atletas da história, sala com todas as tochas olímpicas, os mascotes e propagandas, veículos e uma infinidade de tesouros, como as luvas de Muhammad Ali ou a bola assinada pelo 'Dream Team', formado pelos Estados Unidos para o torneio masculino de basquete em 1992.
Tudo está acessível em uma visita através de um prédio de design espiral e de 19 mil metros quadrados de área onde é impossível não se divertir.

Durante a Copa, que terá início em 20 de novembro, estará aberta a exposição temporária "Mundo do Futebol", que reúne a história da modalidade desde suas origens.
Na mostra, os visitantes poderão encontrar objetos que encantarão os fãs de futebol, como uma escultura de bronze do pé direito de Pelé, uma camisa que o argentino Diego Maradona usou na Copa de 1986, no México, uma bola utilizada no Mundial do Uruguai, em 1930.

Como parte da coleção permanente, os visitantes podem caminhar por fotos e objetos de lendas do esporte como Roger Federer e Steffi Graf, Tom Brady e Jonah Lomu, Hicham El Guerrouj e Mohamed Suleiman - primeiro medalhista olímpico do Catar -, além de réplica de um carro de Fórmula 1 da equipe Ferrari, e camisas de astros do futebol como Zinedine Zidane, Lionel Messi e David Beckham.

Arte moderna árabe

Outra opção interessantes para visita é o MATHAF, o Museu de Arte Moderna, com cerca de 9 mil obras de artistas do mundo árabe, desde a década de 1840, com pinturas, linguagem visual ou esculturas, em uma das coleções mais relevantes de artesanato e arte árabes do mundo.

O prédio em que está instalado é um espetáculo em si mesmo. Uma escola renovada, em 2010, pelo arquiteto francês Jean-François Bodin, que está inserido no complexo do Education City, da Catar Foundation.

A região merece uma visita ao receber também a mesquita de Education City, a Biblioteca Nacional de Catar, projetada por Rem Koolhaas e que é uma das grandes surpresas do país, e o Jardim Botânico Corânico.

Ingressos e One Pass

Os museus podem ser visitados de maneira independente - com preços de ingressos que vão de US$ 13 a US$ 27. (R$ 68,66 a R$ 142,60), com as exposições temporárias incluídas - ou com a aquisição de uma entrada especial válida durante a Copa do Mundo, o One Pass, em três modalidades.

O One Pass Gold permite, por US$ 100, visitar cinco museus, as exposições temporárias e ganhar descontos em outros eventos e, inclusive, estabelecimentos gastronômicos.

O Platinum dá direito, por US$ 137, ao acesso ilimitado aos cinco museus, amplia os descontos em alimentação e em lojas.

Já o Diamond, por US$ 550, permite ampliar os descontos e ter uma experiência VIP nas visitas, todo um luxo para os visitantes na Copa, que visam se aprofundar ainda mais na rica cultura do Catar.

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