Copa do Mundo

Com perrengues, Copa compacta do Catar entrega aos fãs experiência tipo Disney

Com perrengues, Copa compacta do Catar entrega aos fãs experiência tipo Disney

Metrô é perto dos estádios, mas torcedores precisam caminhar bastante.

Os sauditas ainda estavam comemorando a vitória sobre a Argentina no Estádio de Lusail, o maior do país, com capacidade para 80 mil pessoas, quando uma enorme fila começava a se formar na estação de metrô ao lado da futurística praça esportiva.

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Eram torcedores de diversos países tentando sair rapidamente para uma segunda partida de Copa do Mundo na mesma terça-feira (22).

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Com palcos de jogos relativamente próximos uns dos outros, o Catar prometeu aos torcedores um Mundial compacto, que possibilitasse esse tipo de experiência. Uma ‘Copa do Mundo pocket'. Ainda mais se considerarmos as duas competições anteriores, nos gigantes Brasil e Rússia.

É uma experiência tipo Disney, em que se vai de um parque a outro – neste caso, estádios – curtir mais de uma atração por dia. E, até aqui, apesar de alguns perrengues, é exatamente isso que o país do Golfo Pérsico tem entregado.

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Um imenso número de torcedores pôde curtir a vitória da Arábia Saudita sobre a Argentina, às 13h, no horário local, em Lusail, e na sequência aproveitar a goleada da França sobre a Austrália, às 22h, no Al Janoub, na cidade de Al Wakrah, a 45km dali.

Longas filas, demora e caminhada: os perrengues para dois jogos no mesmo dia

O trajeto do Lusail ao Al Janoub demorou cerca de quatro horas, considerando filas no metrô, a ida até a estação de Al Wakrah e, na sequência, o trajeto de ônibus até o estádio da partida da França. É cansativo, mas vale a pena.

Até porque todo “paraíso” tem seus problemas. Com a maioria dos estádios erguidos em amplos espaços abertos, onde antes só havia deserto, a organização do Catar criou longos corredores a serem percorridos pelos torcedores, a fim de evitar aglomerações.

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A estação de metrô fica em frente ao Estádio de Lusail, mas os torcedores tiveram de caminhar cerca de meia hora sob o sol para chegar até ela. Os catarianos orientam ostensivamente, com megafones e até mesmo cordões humanos de policiais garantindo que ninguém saia do rumo.

Catariano orienta torcedores após o jogo.

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Foram mais de duas horas de filas após o jogo até que se conseguisse entrar em um vagão de metrô.

O argentino Martín, 54 anos, estava irritado. “É um desastre. Se dá muitas voltar para chegar à estação. Ela está logo ali e temos que caminhar quilômetros. O estádio está incrível, mas claramente não estavam preparados para tanta gente”, opinou.

Assim como ele, o casal de colombianos Santiago e Natália fez críticas à organização.

“A entrada e a saída ficam muito longe. Já se passaram duas horas do fim do jogo [da Argentina] e ainda estamos na fila do metrô e não há comida à venda”, desabafou Santiago. “O metrô ficou colapsado e queremos ir à Fan Fest ver Polônia e México”, reforçou Natália.

Organização cuida para o metrô não ficar com vagões lotados.

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Já o brasileiro Felipe, 34 anos, contemporizou. “Faz parte, é muita gente para sair do mesmo lugar. Na Rússia também demorava um pouquinho, acho que é normal. Às vezes dá algo errado, mas não é nada preocupante”, disse.

Ele conta que, além dos jogos do Brasil, também tem ingressos para todos os de Portugal. As partidas das duas seleções vão sempre acontecer na sequência da outra na primeira fase deste Mundial.

Após quatro horas, se chega de um estádio a outro.

“A gente vai ter que sair antes do primeiro jogo, para pegar o segundo. Se você sai antes e perde o finzinho de um jogo, você não pega filas e chega em qualquer lugar”, finalizou.

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