Catar tem praias com regras rígidas e biquíni proibido e beach clubs com tudo liberado
Três quilômetros separam o Oriente Médio do Ocidente na região praiana de Doha, capital do Catar.
Vigiada por alguns dos mais imponentes arranha-céus da capital, as praias na ultramoderna West Bay são uma bolha ocidental no tradicional Golfo Pérsico.
Por ali, turistas passam os dias ensolarados estirados em espreguiçadeiras em beach clubs exclusivos de frente para telões da Copa do Mundo ao som de música eletrônica.
Não há restrições para trajes de banho – os homens circulam de sungas, as mulheres vestem biquínis e até fio-dental.
Nos fins de semana, filas se formam na entrada do B12, um dos mais badalados. Quem chega paga R$ 300 para entrar. No domingo (27), a fila estava repleta de brasileiros.
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No cardápio, opções de cervejas internacionais e drinks alcoólicos completam a impressão de que se atravessou um caro portal de volta para o mundo ocidental.
A poucos quilômetros está Katara, onde o portal de volta para o Oriente Médio é cruzado.
Há regras e rígidas restrições para se frequentar uma das mais tradicionais e culturais praias do Catar. Na chegada, o segurança avisa: nada de fotos.
Biquínis são estritamente proibidos, assim como sungas. As mulheres em geral vestem burcas que cobrem o corpo todo, com algumas tendo apenas os olhos descobertos.
Há quem opte pelos burkinis, tipo de roupa de banho que cobre o corpo todo e pode ser usado na água, utilizado pelas muçulmanas.
Os homens ficam sem camisa, mas vestem calças ou bermudas mais longas. A praia ainda é dividida em duas partes: a primeira é exclusiva para famílias.
Na segunda, ficam os homens desacompanhados. Há guardas e câmeras movimentando qualquer infração.
Enquanto os turistas preferem fritar no sol do meio-dia em West Bay, a praia de Katara começa a encher após às 16h: uma extensa fila de carros de luxo desembarca ricos moradores locais, que desfrutam de um belo pôr-do-sol laranja no fim de tarde de inverno.