Morte de mãe e filho após poker. A culpa é do jogo?
O jornal Tribuna do Paraná noticiou nessa sexta-feira (16) a morte de uma pessoa na Cidade Industrial de Curitiba (CIC) após um jogo de poker em um bar na madrugada. Segundo a reportagem, em uma mão, a vítima opinou na decisão de um amigo, que acabou perdendo R$ 1 mil e partiu para a agressão.
Pior. Depois disso, quando a vítima já tinha ido para casa, o dono do bar, não se sabe por qual motivo, foi até lá e atirou contra a pessoa de 38 anos. Ele ainda chegou vivo a unidade de Pronto Atendimento do Fazendinha (foto), mas não sobreviveu.
E pior ainda. A mãe de 76 anos, ao saber do assassinato do filho, teve um acidente vascular cerebral (AVC) e também faleceu.
Após essa breve contextualização, vamos a opinião: a culpa disso tudo é do poker? É óbvio que não.
O incidente, que ainda pode ser melhor explicado pela polícia, ocorreu provavelmente envolvendo pessoas que já tinham problemas anteriores, que ingeriram bebidas alcoólicas e que podiam estar jogando truco, pife, futebol, sinuca. Enfim, qualquer coisa.
O poker hoje é um esporte sério, reconhecido pelo Ministério do Esporte, cotado para ir para as Olimpíadas, reconhecido pela Justiça por não ser um jogo de azar e que movimenta milhões de reais no Brasil. Diversos setores, que inclui desde jogadores até organizadores, se dedicam e estudam para mostrar que aqueles com mais habilidade vencem a longo prazo.
Só em Curitiba há cinco casas de poker regularizadas, onde centenas de pessoas vão diariamente para se divertir, exercitando a mente de maneira sadia. Quem ignora a realidade do poker na cidade, no país e no mundo e realmente defende que o infeliz acontecimento com essa mãe e filho é culpa deste jogo, ou age por ignorância ou má-fé.
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