Análise

Mudanças de Morínigo e qualidade de Igor Paixão fazem Coritiba buscar empate

Por
Ricardo Brejinski
24/04/2022 02:38 - Atualizado: 04/10/2023 16:47
Igor Paixão fez um gol e deu assistência para o outro.
Igor Paixão fez um gol e deu assistência para o outro. | Foto: Felipe Dalke/Coritiba

Quando o Atlético-MG abriu 2 a 0 no marcador do Independência, na noite deste sábado (23), pela terceira rodada do Brasileirão, parecia que o Coritiba iria amargar mais uma derrota fora de casa.

Porém, com uma atuação de gala no segundo tempo, o Coxa mostrou qualidade e força para reagir e arrancar um importante empate em 2 a 2, que passou por alguns personagens.

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Nos primeiros 15 minutos de jogo, o Alviverde atuou de igual para igual com o atual campeão brasileiro e da Copa do Brasil. Sem dar muitos espaços na defesa, também ameaçava lá na frente com algumas jogadas de perigo, que, aliás, já passavam pelos pés de Igor Paixão.

Até que, aos 22 minutos, em boa jogada envolvendo o ataque dos donos da casa, Savarino aproveitou belo passe de Hulk para abrir o placar. Ali o Coritiba sentiu um pouco e diminuiu a intensidade.

Pouco depois, aos 35, veio a ducha d'água fria coxa-branca. Rubens lançou a bola do campo de defesa e Biro parecia ter a jogada sob controle, só que escorregou e deu de presente para Savarino, que driblou Muralha e ampliou o marcador.

O fim da primeira etapa foi um alívio para o Coritiba, que pareceu ter passado uma borracha no que havia acontecido e voltou com outra postura para os 45 minutos finais.

Igor Paixão deu trabalho à marcação.
Igor Paixão deu trabalho à marcação.

Morínigo muda as peças e a postura do Coritiba no segundo tempo

A começar com as mudanças do técnico Gustavo Morínigo, que tirou Val e Régis para as entradas de Bernardo e Robinho, fechando os espaços no meio-campo e tendo mais posse de bola.

Com as alterações, o Coxa aliviou a pressão do Atlético-MG e foi se firmando no campo ofensivo, ainda mais com a entrada de Fabrício Daniel, que substituiu Alef Manga e participou da jogada do gol de Igor Paixão, que aproveitou a sobra na área.

Igor Paixão desequilibra e vira peça fundamental para o empate

Depois disso, o camisa 98 alviverde virou o grande nome da partida. Se antes era a válvula de escape, aos poucos foi virando a referência e toda a jogada ofensiva passa pelo atacante, que não se intimidou e foi para cima de Mariano, que não conseguiu fechar os espaços.

O empate veio só aos 33, com Adrían Martinez, aproveitando cruzamento de Igor Paixão, que arrancou pela esquerda e foi enfileirando na área até tocar para o companheiro.

"Sabíamos que não seria fácil. É um grande resultado fora de casa, tenho que agradecer ao elenco, ao professor, que confiaram em mim. Eu trabalho muito esse 1x1 para chegar na área e concluir ou servir meus companheiros", disse o atacante, em entrevista ao Sportv após a partida.

Adrián Martinez comemora primeiro gol pelo Coxa.
Adrián Martinez comemora primeiro gol pelo Coxa.

Lá atrás, Willian Farias anula Hulk

Mas para que o ataque funcionasse e se ajustasse, as mudanças de peças e a postura na marcação foram fundamentais. Willian Farias colou em Hulk e anulou o principal nome do Galo, que perdeu a cabeça e passou a cometer faltas e perder divididas.

O segundo tempo do Coritiba, aliado à primeira etapa contra o Santos, quarta-feira (20), pela Copa do Brasil, e na vitória por 3 a 0 sobre o Goiás, na estreia no Brasileirão, mostram que o time vai criando um vasto repertório para a disputa do Brasileirão.

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