Frio, Athletico de Felipão não sente a pressão e bate o líder fora de casa
Um time repleto de reservas, focado na Libertadores, jogando fora de casa contra o líder do Brasileirão. Um cenário que parecia ser totalmente desfavorável para qualquer equipe. Mas não para o Athletico, que não tomou conhecimento e venceu o Palmeiras por 2 a 0, neste sábado (2), no Allianz Parque, pela 15ª rodada.
Resultado que colocou o Furacão na vice-liderança do Campeonato Brasileiro, com 27 pontos, apenas dois a menos que o próprio Alviverde paulista. Na próxima rodada, o Rubro-Negro encara o Goiás, sábado (9), às 20h30, no Hailé Pinheiro.
Antes, joga na terça-feira (5), às 21h30, contra o Libertad, do Paraguai, no Defesores del Chaco, pela volta das oitavas da Libertadores. Na ida, vitória atleticana por 2 a 1 na Arena.
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O resultado conquistado em São Paulo mostra a nova cara do Athletico. Com Felipão no comando, o time chegou à 13ª partida de invencibilidade. São dez vitórias - sendo cinco seguidas - e três empates. E os dois últimos triunfos no Brasileirão com os chamados "reservas".
No Allianz, apenas o goleiro Bento, o zagueiro Pedro Henrique, o lateral-esquerdo Abner e o volante Hugo Moura podem ser chamados de titulares. Os demais, buscam seu espaço.
Entre eles, o autor do primeiro gol. Com apenas 17 anos, o atacante Vitor Roque marcou seu segundo gol consecutivo e vem se destacando. Mesmo tão jovem, se mostra tranquilo e à vontade. E também oportunista, ao só empurrar para as redes a cabeçada de Rômulo.
Não só ele como todo o Furacão. O atleta mais velho a ser titular era Vitor Bueno, de 27 anos. Nenhum 'trintão' em campo e mesmo assim o Rubro-Negro deu trabalho para o líder do Brasileirão.
Em casa, o Palmeiras começou mais ofensivo. Chegava constantemente à área de Bento e criou. Desperdiçou algumas chances, mas o Athletico se manteve firme em sua postura. Com a bola no pé, procurava espaços nos contra-ataques.
Aproveitou algumas vaciladas do adversário e mostrou que não estava lá só para se defender. Tanto que o resultado mostra isso. Mas a atuação foi o grande diferencial.
Furacão segura pressão do Palmeiras
O Palmeiras vinha de oito vitórias e dois empates em casa. Conforme o tempo foi passando, o mandante foi se sentindo acuado, errando muitos passes, mas sempre pressionando.
E bota pressão. Foram, no total, 33 finalizações, mas que pararam nas grandes defesas de Bento ou na má pontaria dos jogadores, que mandaram a maioria para longe do gol.
Já o Rubro-Negro finalizou apenas 13 vezes, mas foi mais preciso. Ainda conseguiu um segundo gol com Vitor Bueno, no início da etapa final, cobrando pênalti. Mostrando que a equipe, mesmo tão jovem, vai ganhando experiência e tendo força para jogar e brigar lá em cima.