Athletico dá a bola para o Peñarol, corre riscos, mas domina semifinal
Depois de três anos, o Athletico está de volta à final da Copa Sul-Americana. Na noite desta quinta-feira (30), na Arena da Baixada, o Furacão venceu o Peñarol por 2 a 0, com gols de Nikão e Pedro Rocha, e como já havia ganhado por 2 a 1 no primeiro duelo, avançou para a decisão.
Pela frente, o Rubro-Negro terá o Red Bull Bragantino, fazendo um duelo brasileiro na decisão. A grande final está marcada para o dia 20 de novembro, em Montevidéu, no Uruguai.
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Apesar de ter conquistado a vitória em casa, o Athletico não teve uma grande atuação. Pelo menos não das mais vistosas, mas foi eficiente. Com a vantagem de poder perder por 1 a 0, o Furacão adotou a postura de chamar o adversário e partir para o contra-ataque.
Só que a estratégia foi perigosa, com os uruguaios rondando a área e levando perigo, desperdiçando boas chances e até acertando o travessão.
Até que, na primeira boa oportunidade, o Rubro-Negro encaixou o que queria. Aos 23, Terans arrancou do campo de defesa, foi puxando a marcação e invadiu a área. Sem espaço, tocou para Nikão, que vinha de trás. O camisa 11 bateu forte e rasteiro e abriu o placar na Arena.
Mas quase que a alegria durou pouco. Logo depois, Abner derrubou Ramos na área e depois de cinco minutos de análise do VAR, o árbitro confirmou o pênalti. Ceppelini foi para a cobrança e chutou no meio do gol, mas Santos fez a defesa.
Furacão se fecha bem na marcação e ganha mobilidade no meio-campo
No segundo tempo, a postura foi a mesma. Um Athletico recuado, dando a bola para o Peñarol e tentando explorar os espaço e os erros da defesa do adversário. Porém, as falhas dos uruguaios eram mais no ataque, que até minimizavam uma tentativa de pressão. Lá na frente, Nikão e Terans eram pouco acionados e Bissoli tinha uma atuação apagada, tanto que foi substituído por Renato Kayzer.
À medida que o tempo ia passando, o Peñarol ia atacando mais na base do abafa do que construindo jogadas, o que permitiu ao Athletico crescer em campo e sair do sufoco. Sem se abrir, os donos da casa ao menos conseguiam trabalhar mais a bola, sair do campo de defesa.
As mexidas do técnico Paulo Autuori, colocando Léo Cittadini, Pedro Rocha e Renato Kayzer, deram mais mobilidade à equipe atleticana, que dominou o meio-campo e nos minutos finais já não sofria tantos riscos.
Ainda deu tempo para, aos 35, Nikão receber lançamento e tocar na medida para Pedro Rocha, na esquerda, chutar forte e carimbar o Athletico em mais uma final continental.