Destaque no Vasco, pelo São Paulo, Benítez terá que superar velhos problemas
Na quarta-feira o UOL informava que Martín Benítez já treinava sob o comando de Hernán Crespo no São Paulo, antes mesmo de ser anunciado oficialmente. Uma demonstração de interesse, motivação.
O meia, argentino como o técnico tricolor, se destacou no Vasco da Gama, que o cederá até dezembro. Em troca, uma quantia em dinheiro, mais a liberação de um atleta do elenco são-paulino, também por empréstimo.
Benítez é um bom jogador, mas os seus momentos de brilho foram esporádicos no time carioca. Em parte por causa das condições físicas, nem sempre as melhores, as mais adequadas, o que fez com que desfalcasse a equipe em bom número de compromissos.
Nas 38 rodadas do último campeonato brasileiro, ele esteve em campo 24 vezes, 21 como titular. Com 74% de acerto nos passes, fez dois gols, um a cada 866 minutos, somando também um par de assistências. Foram 40 cruzamentos, com 12% de precisão, segundo o Onefootball.
Em sua última temporada na Argentina, Benítez também não foi tão assíduo. O SofaScore registra a presença do meio-campista em 12 das 23 partidas disputadas pelo Independiente, nove como titular. Foram apenas 52 minutos de participação média nos jogos. Não fez gol, não deu assistência e criou só uma grande chance.
Alguém poderá argumentar que o rebaixado time do Vasco não o ajudava. Sim, da mesma forma a pobreza apresentada em campo pelos vascaínos pode tê-lo superestimado. Eram tão fracas as atuações do time que os eventuais momentos de brilho de Benítez saltavam aos olhos.
Crespo o conhece dos tempos de Independiente. Certamente sabe do histórico de lesões do compatriota. Em determinadas partidas ajudará e brilhará, resta saber se com a constância necessária para um São Paulo com a régua mais alta. Um clube com ambições muito maiores do que as do Vasco de 2020.
