Análise

Santos joga mais bola, Palmeiras tem mais elenco, final não tem favorito

Por
Mauro Cezar Pereira
28/01/2021 22:31 - Atualizado: 29/09/2023 16:47
Santos e Palmeiras decidem a final da Libertadores no Maracanã
Santos e Palmeiras decidem a final da Libertadores no Maracanã | Foto: Jonathan Campos/Arquivo/Gazeta do Povo

O Palmeiras entrou na Libertadores como candidato ao título pelo elenco, pelo investimento, não pelo futebol que vinha apresentando no campeonato paulista, que viria a conquistar, sem convencer, sob o comando de Vanderlei Luxemburgo.

Enquanto os palmeirenses tentavam se estruturar com um velho-novo treinador, o Santos apostava em Jesualdo Ferreira, estrangeiro como Jorge Sampaoli, seu antecessor, mas de estilo antagônico. O português não durou muito na Vila Belmiro.

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Cuca, técnico santista em 2018, retornou para surpreender. Sua fraca passagem pelo São Paulo em 2019 não sinalizava algo positivo, como a própria saída do clube no ano anterior demonstrava. A reação do time durante a temporada foi assustadora.

Abel Ferreira chegou ao Palmeiras e a casa já estava mais arrumada. A transição entre Luxemburgo e ele foi bem feita por Andrey Lopes, o "Cebola", ex-auxiliar de Dunga na seleção brasileira, que melhorou o time. Já não era mais terra arrasada quando o português desembarcou por aqui.

A final de sábado é jogo sem favoritos, pois se os palmeirenses têm mais elenco, os santistas têm mais time, pelo menos na Libertadores, quando entre os semifinalistas foram os que melhor jogaram. Além disso, para chegar à decisão, os comandados de Cuca enfrentaram desafios maiores.

O nível dos adversários do Palmeiras permitiu que a equipe superasse os obstáculos iniciais, mesmo com o fraco futebol dos tempos de Luxemburgo. Teve até goleada, tal o nível dos oponentes. E depois veio o fraco Delfim, seguido do mediano Libertad.

Paralelamente, o Santos encarava um grupo também sem grandes times, mas na sequência superou LDU de Quito, Grêmio e Boca Juniors, times que somados faturaram dez Libertadores. Passou por todos, e com autoridade pelos dois últimos.

Mas em 90 minutos tudo isso pode ser apenas história. E o que vai pesar nessa final é a vitória, o nome do vencedor ficará registrado e o caminho trilhado pouco, ou nada, importará.

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