A perigosa arrogância rubro-negra
No primeiro jogo pelo Campeonato Brasileiro, na vitória sobre o Palmeiras, o meio-campo do Flamengo tinha Gerson, Diego, Everton Ribeiro e Arrascaeta. Neste domingo, na derrota para o Fluminense (1 a 0) no estádio do Corinthians, em São Paulo, tinha Willian Arão, que deixou a zaga e voltou à posição de volante; João Gomes, Vitinho e Michael.
A diferença é abissal, os quatro titulares de 34 dias atrás deixaram o time por diferentes motivos. Gerson foi negociado por aproximadamente 25 milhões de euros (podendo esse valor chegar a 30 milhões de euros) com o Olympique de Marselha, Diego, machucado, estará fora por pelo menos três semanas; Arrascaeta, convocado para a seleção uruguaia e Everton Ribeiro, servindo à brasileira.
Confira a classificação do Brasileirão
Além deles Isla, na equipe nacional chilena, e Gabigol, outro convocado por Tite, desfalcam o grupo há mais de um mês. É óbvio que o time está desfigurado, mas ainda é uma boa equipe, contudo não tem, pelo menos nesse momento, a superioridade técnica de antes em relação aos diferentes adversários. Mas para parte da torcida rubro-negra, nada disso tem importância.
Ao perder para o velho e tradicional rival, flamenguistas reagem agressivamente nas redes sociais. Como se fosse vergonhoso ser batido pelo Fluminense, vice-campeão carioca, vivo na Copa Libertadores e com um elenco melhor do que o de temporadas anteriores. Não, a diferença entre os dois times que estiveram no gramado corintiano não é a de outros clássicos.
Mas para alguns rubro-negros o Flamengo envolvente e implacável diante dos oponentes ainda vive. Cobram do atual, mesmo desfigurado, o desempenho dos tempos de Jorge Jesus, do auge com o treinador português. Uma arrogância perigosa, que ignora os adversários e as limitações do próprio time nesse período da temporada. Que coisa mais abjeta.
Líderes por pontos perdidos
A virada do Red Bull Bragantino sobre o São Paulo tirou da liderança da Série A do Athletico. Mas por pontos perdidos, o Furacão é o primeiro colocado na primeira divisão. O time rubro-negro tem um jogo a menos (adiado, contra o Flamengo, marcado para a Arena da Baixada), e só perdeu cinco, enquanto o time paulista desperdiçou meia dúzia de pontos.
Na Série B, o mesmo acontece com o Coritiba, que tem uma partida a menos (ante o Brusque, fora de casa) em relação ao Náutico e cinco perdidos contra seis do time pernambucano. A vitória sobre o Coritiba foi a quinta seguida do Coxa, que na temporada retrasada, quando voltou à primeira divisão tinha 12 pontos após oito partidas, hoje são 19.